Um Policial Militar que estava em processo de adaptação (estágio) no DOF (Departamento de Operações de Fronteira) foi um dos alvos da Operação Magnus Dominus, da Polícia Federal. Ele está preso e foi apontado pelo MPF (Ministério Público Federal) como integrante do grupo de mercenários comandado pelo megatraficante Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, o “Motinha” ou “Dom”, que fugiu de helicóptero.
Ygor Nunes, 36 anos, é sargento e teve o pedido de prisão expedido pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã. Como estava em período de adaptação para ingresso no DOF, foi detido pela própria corporação dentro da unidade e entregue à Polícia Federal.
O juiz Fábio Fischer descreveu a ação do grupo a serviço de “Motinha”, conforme despacho para justificar a prisão: “A investigação demonstra que MOTINHA colocou em sua rotina de vida (já que andava escoltado) e de seus atos ilícitos (tráfico de drogas) a atuação desse grupo de homens fortemente armados e com grande know-how policial/militar, sendo denominado por enésimas vezes pelos órgãos de investigação (MPF e DPF) como mercenários”.
Fuga
A Polícia Federal realizou na sexta-feira (30), mega operação de combate ao tráfico de drogas, em parceria com autoridades paraguaias e o Ministério Público Federal brasileiro. Foram expedidos pela Justiça Federal, 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão, em quatro estados: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Dos 12 mandados de prisão, 9 eram para brasileiros e seis foram cumpridos. Todos de integrantes da força paramilitar do grupo de Mota. Ele e outros cinco integrantes da força paramilitar conseguiram fugir de helicóptero antes da chegada da polícia.
“Motinha” teria se especializado no tráfico internacional de drogas, com grande influência no Paraguai e na região de fronteira com o Brasil.
Ele recrutou para fazer sua segurança pessoal e das operações de tráfico de drogas, um grupo paramilitar, formado por um brasileiro, um romeno, um italiano e um grego. Todos com cursos nacionais e internacionais na área de segurança privada e em operações militares.
*Notícia editada às 16h10 para correção de informação. O policial ainda não estava lotado no DOF quando foi preso