O presidente Jair Bolsonaro (PL) debochou da Missão de Observação Eleitoral (MOE), da Organização dos Estados Americanos (OEA), no Brasil. Nesta segunda-feira (26), em conversa com apoiadores, o mandatário anunciou que receberia o ex-chanceler do Paraguai Rubén Ramírez Lezcano mas, em tom irônico, disse não saber o que ele iria observar.
“Eu vou estar agora com o chefe dos observadores [da Missão de Observação Eleitoral], que vai observar as eleições. Vou perguntar pra ele: ‘Vem observar o quê?’”, disse Bolsonaro. Alguns minutos após a fala, o presidente se encontrou com a comitiva da Organização dos Estados Americanos (OEA), no Palácio do Planalto.
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A missão de observação da OEA é integrada por 55 especialistas e observadores de 17 nacionalidades, e estará presente em 15 estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e o Distrito Federal.
O objetivo é monitorar o pleito de 2022 no Brasil, no primeiro turno a ser realizado no dia 2 de outubro. Os aspectos a serem observados são: tecnologia e organização eleitoral; votação no exterior; Justiça Eleitoral; financiamento político; campanhas e liberdade de expressão; participação política de mulheres; participação de grupos indígenas; de afrodescendentes; e violência eleitoral.
Lezcano deverá se reunir com autoridades eleitorais e governamentais, além de líderes políticos, observadores nacionais e representantes da sociedade civil para analisar esses aspectos. Um relatório com recomendações e observações será apresentado pela comissão.
Após a conversa com Bolsonaro, Lezcano disse que o chefe do Executivo foi “cordial”.
Com o presidente da República, mantivemos uma reunião muito cordial. Nós estamos levantando os depoimentos de todos os candidatos, de maneira que, oportunamente, vamos fazer nosso relatório […] Por agora, prefiro ser transparente em nossos diálogos, que se mantêm no início”, disse o ex-chanceler, que ainda encontra com Alexandre de Moraes, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda, às 17h.
O líder da comitiva disse ainda não ter chegado num acordo para encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as intenções de voto na disputa pela presidência da República.
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