O sigilo da identidade é uma premissa nos Narcóticos Anônimos. Uma irmandade onde não há julgamentos, não importa onde se andou ou o que se fez, nem os motivos que levaram ao abuso de drogas. Quem chega busca recuperação depois de um longo caminho percorrido, por lugares e situações degradantes e de perigo, como explica o nosso convidado do Direto ao Assunto dessa semana, “uma trajetória leva à prisão, internação ou a morte”.
Adicto há 11 anos, relações públicas do N.A conta da importância da ajuda em sua vida e de como acontecem as reuniões e demais ações do grupo sem fins lucrativos e presente em todo o Brasil e em Mato Grosso do Sul, um dos estados com mais reuniões realizadas. “Estamos prestes a completar 30 anos, somos um dos 7 estados do país com mais de 100 reuniões semanais e Campo Grande é a quinta cidade com mais reuniões no pais. Em 2024 sediaremos a sexta conferência nacional de serviço de Narcóticos Anônimos”, explica.
O entrevistado da Rádio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul explica que o Narcóticos Anônimos é um programa de total abstinência de todas as drogas e há somente um requisito para ser membro: o desejo de parar de usar. “Sugerimos que você mantenha a mente aberta e dê a si mesmo uma oportunidade”, diz o adicto em recuperação ao relatar a transformação pessoal desde o primeiro encontro no qual foi levado pela mãe. “Aliás a família é importantíssima nesse processo é quem vai te dar força para sair de seu estado “animal”, sujo, na rua por dias, em lugares insalubres, de clinica em clinica”, conta.
“O recém–chegado é a pessoa mais importante. Qualquer pessoa pode juntar-se a nós, independente da idade, situação financeira, raça, orientação sexual, crença, religião ou falta de religião”, acrescenta o entrevistado.
Além das reuniões, nas quais os adictos são chamados para 12 passos rumo à abstinência, o NA também realiza serviços e palestras públicas a convite de empresas, escolas e trabalhos nos presídios do estado.
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