Ex-juiz suspeito recorre ao pensador que errou ao pregar “o fim da história” para tentar sair da irrelevância
O ex-juiz Sérgio Moro, declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal pela perseguição política contra o ex-presidente Lula, recorreu neste sábado (1) ao economista nipoamericano Francis Fukuyama para tentar sair do ostracismo no debate sobre o projeto para o Brasil.
Pelo Twitter, Moro, que se tornou ministro do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro após inviabilizar a candidatura de Lula em 2018, compartilhou trecho de entrevista de Fukuyama ao jornal O Globo e disse que o caminho para o País é “fortalecer a democracia, com liberalismo e inclusão” e aproveitou para criticar Bolsonaro e atacar Lula.
O guru de Moro, no entanto, já havia alertado para o caráter antidemocrático de Bolsonaro antes mesmo de sua eleição. Em entrevista à Folha de S. Paulo publicada em abril de 2018, o economista afirmou que Bolsonaro era uma “ameaça à democracia”. Questionado sobre a possibilidade de o nacionalismo populista ser um risco para o sistema político brasileiro, disse: “Bolsonaro representa uma verdadeira ameaça à democracia. Subjacente a isso, há uma polarização social no Brasil, que transformou em luta ideológica o que começou como campanha anticorrupção”.
Excelente entrevista de Francis Fukuyama ao @JornalOGlobo. O caminho é modernizar o Brasil e fortalecer a democracia, com liberalismo e inclusão, assim como repudiar o irracionalismo e patrimonialismo bolsonaristas e o modelo de corrupção lulista. pic.twitter.com/wSsdVLLIEZ
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 1, 2022
Fonte: Brasil 247