O TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) suspendeu o pagamento e os serviços de apoio técnico às atividades de tratamento das informações, referentes à empresa Dataeasy Consultoria e Informática Ltda.
A empresa é investigada dentro da Operação Terceirização de Ouro, deflagrada no dia 8 de dezembro. Na ocasião, três conselheiros acabaram afastados.
A decisão da suspensão foi anunciada na manhã desta segunda-feira (12/12) pelo presidente interino da Corte de Contas, conselheiro Jerson Domingos, “tendo em vista as notícias veiculadas na imprensa em virtude da operação da Polícia Federal que apontou indícios de irregularidades no contrato, em vigência até 24/01/2023, sem possibilidade de prorrogação”, diz trecho da nota.
o ato da operação, o STJ (Superior Tribunal Federal) acatou pedido e afastou o então presidente Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves, por período de 180 dias. Eles ainda serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas.
Além dos conselheiros, dois servidores e um ex-funcionário do Tribunal também foram alvos da operação.
TERCEIRIZAÇÃO DE OURO
Os trabalhos que resultaram na 2ª fase da Operação Mineração de Ouro, denominada Terceirização de Ouro, têm como principal investigação um contrato de R$ 100 milhões firmado pelo TCE-MS com terceirizada.
De acordo com a Polícia Federal, que desencadeou a operação junto da CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal, o objetivo é apurar a prática dos crimes de peculato, direcionamento de licitações e lavagem de dinheiro.
Os conselheiros do TCE suspensos foram proibidos de acessar as dependências do órgão, além da vedação de comunicação com pessoas investigadas.
Conforme as informações da Polícia Federal, a operação cumpriu 30 mandados de busca e apreensão. Os alvos estavam em Campo Grande, Brasília (DF), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Miracema (RJ).
As ordens foram emitidas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que ainda autorizou o afastamento dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de pessoas físicas e jurídicas investigadas.
O nome da operação decorre de indícios de crimes relacionados a contratos de terceirização de mão de obra do Tribunal.
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