Parentes e amigos de Geovane Morales da Silva e de Sandy Mayumi de Oliveira Goulart interditaram a Rua Alcides José de Macedo, no Jockey
![](https://douradosinforma.com.br/media/editorjs/22867a17_4c83_40e5_bcf3_bb786e34f0f7_1676207523,1477.jpg)
Familiares e amigos de
duas vítimas de acidentes de trânsito ocorridos nos últimos dois meses em
Dourados fazem protesto na manhã deste domingo (12) em Dourados. Eles bloquearam
a Rua Alcides José de Macedo, no Jardim Jockey Clube.
O protesto ocorre no local
onde Geovane Morales da Silva, 19, foi atropelado na noite de sábado (4). Ele
tentava cruzar a rua de bicicleta quando foi atingido pelo Gol conduzido por Wesley
Schuenck da Silva, 23. Com múltiplas fraturas e traumatismo craniano, o jovem
morreu horas depois. O condutor do carro fugiu do local sem prestar socorro à
vítima.
Localizado pela polícia escondido
na casa da namorada, na segunda-feira 96), Wesley foi ouvido na Polícia Civil e
liberado para aguardar a conclusão do inquérito. “Matou e saiu pela porta da
frente da delegacia”, afirma um dos cartazes levados pelos manifestantes.
![](https://douradosinforma.com.br/media/editorjs/38b2e1ea_4c54_43ab_a08b_9a1f19fb75fc_1676207614,0859.jpg)
Também participam do protesto
os familiares e amigos de Sandy Mayumi de Oliveira Goulart, 20, morta quando
voltava para casa depois de noite de trabalho, na madrugada de 2 de dezembro,
na Rua Monte Alegre.
Ela estava em uma Honda
Biz e foi atropelada por um Celta conduzido por Ariovaldo Alves dos Santos, 43.
Ele também não ficou preso e chegou a alegar que a jovem seguia pela Monte
Alegre com a luz da moto apagada. Imagens de câmeras desmentiram a versão apresentada
na delegacia.
“Um irresponsável bêbado tirou
a vida dela, tirou ela da gente, deixou a filha dela órfã. Já tem dois meses e
nada acontece”, protestou a madrinha de Sandy, também presente no protesto.
“Nada vai trazer a vida do
meu filho de volta, mas eu exijo justiça, porque assim como foi com o Geovane,
vai acontecer com muitos outros se providências não forem tomadas nessa via”,
disse a mãe do jovem morto há uma semana. Não foi um acidente normal, foi um
crime doloso porque [o motorista do Gol] nem prestou socorro e fugiu”, protestou
ela.
Os manifestantes cobram do
poder público, providências para obrigar os motoristas a reduzirem a velocidade
na Alcides José de Macedo (antiga Avenida Potreirito). A via liga a BR-163 ao
Jockey e a outros bairros da região. Segundo eles, muitas crianças utilizam a rua
todos os dias para ir à escola.
A reportagem percorreu trecho da Rua Alcides José
de Macedo e constatou que por vários quarteirões não existem placas alertando
sobre o limite de velocidade, não existem quebra-molas e nem mesmo passagem de
pedestres.
![](https://douradosinforma.com.br/media/editorjs/acd4d51d_076d_478d_a751_7cc2152941ca_1676207663,2519.jpg)