Relatório produzido pela superintendência de inteligência da Sejusp, Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, revela uma suposta trama que impõe risco à vida do deputado estadual Jamilson Name, do PSDB.
A eventual conspiração contra o parlamentar teria a participação, conforme o diagnóstico da superintendência, tocada em caráter sigiloso, do irmão do deputado, hoje encarcerado em presídio federal em Mossoró (RN) e também de uma célula do PCC (Primeiro Comando da Capital), a mais famosa facção criminosa do Brasil.
Embora o relatório que foi entregue ao presidente da AL-MS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) indique risco à sua segurança, Jamilson disse não crer nas ameaças disparadas pelo próprio irmão.
Tanto que o deputado afirmou que não é intenção sua em reforçar a segurança pessoal.
De acordo com o documento da inteligência da superintendência, o ponto central do relatório que aponta eventual ameaça ao parlamentar seria um advogado criminalista que defendia Jamil Name Filho, o irmão do deputado, conhecido como Jamilzinho, que está preso.
Capturado no âmbito da Omertà, operação do Gaeco, do MInistério Público de MS, em setembro de 2019, Jamilzinho enfrenta denúncias por ser supostamente chefe de uma milícia armada.
O advogado em questão teria sido dispensado pelo deputado, e isso teria provocado ira no defensor e também no irmão do parlamentar.
De acordo com o relatório confidencial, Jamilson não queria mais que o advogado agisse na defesa do irmão porque quase todo o circulo da clientela dele seria ligado ao PCC, a facção criminosa.
O deputado disse ainda ter trocado o advogado do irmão por Nefi Cordeiro, famoso jurista, ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), com escritório em Brasília.
Para reforçar a ideia de que não tem levado a sério a suposta ameaça do próprio irmão, o deputado disse que daqui a alguns dias deve viajar para Mossoró, onde pretende visitar Jamilzinho.