O filme de LeVan Kiet, com Joey King, não recebeu o reconhecimento que merece.

A Princesa é uma festa para os fãs de ação que acontece em um cenário medieval, com muita cachaça e lutas coreografadas. Esses ingredientes são suficientes para compará-lo com John Wick — desculpe, é o que é hoje — porque o filme dirigido por LeVan Kiet se defende muito bem no gênero e propõe uma heroína alerta e enérgica, capaz de matar seus inimigos com qualquer coisa que você tenha na mão.

Em A Princesa, Joey King interpreta uma jovem que vai se casar contra sua vontade, algo que ela não está disposta a aceitar. Lord Julius (Dominic Cooper) é um homem cruel e o fato de a princesa passar por ele terá consequências terríveis. Ele deseja desesperadamente o poder e decide atacar o castelo do pai da jovem para se sentar no trono.

A princesa, trancada na torre mais alta, observa enquanto o rei (Ed Stoppard), a rainha (Alex Reid) e sua irmã mais nova, Violet (Katelyn Rose Downey) são levados embora. Você acha que ela fica de braços cruzados? Não, ela avança andar por andar para caçar Julius, deixando um rastro de mortos em seu caminho.

A Princesa é facilmente comparável à onipresente saga de John Wick por vários elementos. Em primeiro lugar, pela falta de escrúpulos da protagonista com seus adversários. Ela é capaz de usar qualquer coisa que encontrar para matar seus inimigos, seja uma besta ou um forcado. O nível de mortes no filme também influencia. A princesa tem que enfrentar todo um esquadrão de capangas que querem sequestrá-la e levá-la até o homem com quem ela não quer se casar.

Por último, mas não menos importante, as cenas de luta do filme são coreografadas ao milímetro para atingir um alto nível de complexidade. Ao mesmo tempo, o estilo de filmagem acompanha a adrenalina exigida pelo gênero e tanto os movimentos de câmera quanto a engenhosidade do confronto às vezes o aproximam do cinema de Guy Ritchie.

O mais importante aqui, no entanto, é o desempenho de Joey King. Não é preciso muito olhar para os bastidores para perceber que o nível de esforço e trabalho que a atriz colocou é suficiente para fazer a façanha valer a pena. Se investigarmos, descobrimos que King é responsável por 90% das cenas de ação que vemos no filme. “Não estávamos nem cortando entre as tomadas, estávamos a todo vapor o dia todo, filmando de diferentes ângulos”, disse ela à EW na estreia.