O trio acusado da morte da pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, assassinada no dia 28 de julho de 2022, foi condenado pela 5ª Vara Criminal de . Uma das funcionárias que trabalhava na casa da pecuarista estava envolvida no crime. 

Foram condenados Pedro Benhur, Jessica Neves Antunes e Lucimara Rosa Neves, sendo que Pedro foi condenado a 20 anos de reclusão e 10 dias-multa, já Jéssica foi condenada a 24 anos de reclusão e 12 dias-multa e Lucimara condenada a 28 anos de reclusão e 14 dias-multa.

A sentença foi publicada em Diário da Justiça do dia 26 deste mês. Todos terão de cumprir as penas em regime fechado sem substituição. O total das penas do trio é de 72 anos de reclusão.

 

Andreia foi assassinada com um mata-leão em um plano de falso roubo arquitetado por Lucimara, que trabalhava na residência e teve ajuda do cunhado e da filha.

Falso roubo

Junto com a filha e o cunhado, a funcionária teria arquitetado o falso roubo. O cunhado foi chamado para executar o plano no dia 28 de julho de 2022. O trio teria se encontrado em uma pastelaria, no Tiradentes, para acertar detalhes do plano, três dias antes. e filha ainda teriam ido até uma loja para comprar um simulacro de arma de fogo e um boné.

No dia do crime, as duas funcionárias foram até ao supermercado e deixaram o carro sem travar, para que o cunhado entrasse e fosse com elas até o condomínio. Ainda no mercado, o cartão delas não teria passado pela compra de R$ 700 e Andreia, então, teria feito um Pix no valor de R$ 1 mil.

 

Quando chegaram ao condomínio, o desceu do carro com a sobrinha, enquanto a funcionária permaneceu no veículo, para ‘dar fuga’. Ela chegou a dizer em depoimento que pensou em desistir do crime, mas que o cunhado insistia. Ele ainda teria dito que, ao invés de exigir R$ 50 mil de Andreia, pediria R$ 80 mil, para que, caso fossem pegos, ‘o crime valesse a pena’.

Andreia estava na sala quando os autores entraram. O homem a agrediu, tampou a boca da vítima com um pano e a esganou, assim ela acabou desfalecendo. Após perceber a demora, a funcionária entrou na casa, encontrando Andreia já desacordada. Os suspeitos então levaram a vítima para o andar de cima.

A pecuarista foi colocada em um quarto, na cama, e a funcionária chegou a jogar água para ver se ela acordava. Os suspeitos fugiram e mãe e filha ainda mentiram sobre o sequestro.

 

O que as funcionárias disseram para a polícia

Assim que as equipes policiais chegaram ao condomínio, as funcionárias disseram que tinham sido sequestradas no supermercado e obrigadas a levarem dois bandidos até a casa da vítima.   Mas, foi descoberto pela investigação que as duas funcionárias teriam chamado o cunhado de 23 anos de uma delas para participar do falso roubo.

O trio pretendia obter uma importância aproximada de R$ 20 mil que deveria ser exigida da vítima mediante transferência bancária Pix no momento do assalto. Ainda segundo a polícia, a pecuarista tinha relação de anos com as funcionárias. Ela seria, inclusive, madrinha de um dos filhos das mulheres.