Equipe da Receita Federal em Corumbá, oeste de Mato Grosso do Sul, na região de fronteira com a Bolívia, descobriu nesta semana quatro quilos de “cocaína preta” . A forma incomum da droga, estava escondida no para-choque de uma caminhonete, em meio a outras peças de veículos, apreendidas pela Marinha sendo transportados por um casal de bolivianos que seguia para São Paulo. A última apreensão deste tipo de cocaína, feita pela Receita Federal, em Mato Grosso do Sul, ocorreu em 2015.
Os auditores e analistas da Receita desconfiaram do para-choque porque a peça já era usada e apresentava algumas modificações. Ao examiná-la, encontraram em seu interior o entorpecente. A substância foi encaminhada para análise da Polícia Federal, para a comprovação de que se trata de cocaína preta.
Segundo a Receita Federal, essa forma de cocaína é mais cara que o outro tipo do entorpecente (branco) pelo seu grau de pureza, além de ser mais potente. Seu uso pode provocar efeitos devastadores na saúde, incluindo overdose e danos irreparáveis ao sistema cardiovascular e ao cérebro.
Também é mais difícil de ser apreendida, porque pode passar despercebida pelo faro de cães treinados para encontrar entorpecentes, enganar equipamentos de raio-X e até mesmo escapar de testes com produtos químicos para identificar a droga.
Em 2015, uma equipe da Receita havia apreendido outro carregamento da droga. A cocaína preta estava escondida em duas maletas de notebook que seriam enviadas de Corumbá para a Espanha.