Três dos quatro mortos na chacina ocorrida na madrugada de sábado (7/10) em Ponta Porã, na fronteira entre Brasil e Paraguai, foram sepultados. A informação foi repassada na manhã desta segunda-feira (9/10) pelo secretário Municipal de Segurança Pública, Marcelino Nunes.
Apenas o corpo de Jonas Wesley Moraes Dertefam, 18, permanece no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) da cidade e familiares estariam tentando fazer o traslado dele para São Paulo.
O fato ocorreu quando o grupo chegava ao imóvel onde estavam, na rua Nespereira, no Residencial Ponta Porã.
Pistoleiros efetuaram vários disparos que resultaram nas mortes de Xilon Henrique Vieira da Silva, 19, Gabriel dos Santos Peralta, 16, Jonas e Luan Vinícius Cândia da Silva, 17, esse último identificado inicialmente como Salomon Solis Lopez, porém, a polícia paraguaia informou que a documentação utilizada por Luan era falsa.
Ainda segundo a Secretaria Municipal de Segurança Pública, as circunstâncias e motivações da chacina ainda são investigadas pelas autoridades brasileiras e paraguaias.
Suspeita
Conforme mostrado na manhã de sábado pelo Dourados News, os quatro jovens executados na região de fronteira eram investigados pela polícia paraguaia por suspeita de crimes cometidos nas proximidades de Pedro Juan Caballero, cidade que faz divisa com Ponta Porã apenas por uma rua.
Todos seriam integrantes de um grupo criminoso e a casa onde o quarteto foi atacado por pistoleiros seria uma espécie de ‘abrigo’ usado por facção. No local, a polícia brasileira encontrou três pistolas calibre 9 milímetros. As armas foram apreendidas para andamento das investigações.
Ainda conforme as autoridades, não é descartado que o caso tenha ligação com o atentado a duas juízas ocorrido no início de setembro em Pedro Juan, e ao assassinato de Charles Gonzales Coronel, 32, filho de Clemencio Gonzáles Giménez, o ‘Gringo’.
No entanto, é aguardado que a Polícia Nacional do Paraguai faça um pronunciamento nesta segunda-feira (9/10) abordando o tema.
O caso
Os quatro homens chegavam por volta de 4h40 ao imóvel localizado na rua Nespereira, no Residencial Ponta Porã, quando foram surpreendidos por pistoleiros.
As vítimas ocupavam um GM Ônix que ainda estava ligado quando a Polícia Militar foi acionada.
Eles tentaram correr da ação dos assassinos, mas acabaram crivados de bala e morreram antes do socorro chegar.
Os investigadores apuraram que dezenas de tiros foram disparados.
A maioria das cápsulas encontradas eram de calibre 9 milímetros, conforme as informações repassadas pela Secretaria Municipal de Segurança Pública de Ponta Porã.
Discussion about this post