A produção estreou na Netflix no dia 27 de dezembro.
Recém-chegado ao catálogo da Netflix, Acampamento no Inferno: Pesadelo Adolescente é um documentário que expõe as condições assombrosas de um chamado “acampamento de terapia na natureza”.
Abaixo, o AdoroCinema destrincha um pouco do que aconteceu com os jovens enviados a esse programa. Confira:
A CHALLENGER FOUNDATION
Como é dito no teaser de Hell Camp: Teen Nightmare (no original), os anos 1980 foram uma época em que o mundo estava em grande processo de mudança, havendo uma “profunda preocupação de que a juventude dos Estados Unidos estivesse tomando o caminho errado”. Procurando monetizar essa luta, o empresário Steve Cartisano lançou a Challenger Foundation, no deserto de Utah, um programa ao estilo acampamento de verão onde “as crianças se desgastavam até ficarem bem novamente”.
Com o elevado custo de 15 mil dólares, o evento não era barato, mas acabou atraindo uma série de celebridades – incluindo os dois filhos do político norte-americano, Winthrop Rockefeller. Obviamente, a instituição pregava uma fachada de benevolência, mas o que se escondia por trás era muito mais sombrio.
De acordo com o High Country News, Cartisano aplicou o que ele gostava de chamar de “inteligência das ruas” em crianças problemáticas, apostando em revistas nuas e cortes de cabelo restritos. Ele adotou um estilo de discurso militar que exigia dos jovens respostas como “Sim, senhor!”, abusando também de regras e punições amplamente rigorosas. Em uma delas, uma menina foi obrigada a carregar um pedaço de esterco de vaca do tamanho de uma bola de futebol por todo o dia em sua mochila.
Netflix
Através de relatos de ex-participantes assombrados pela realidade que viveram, experiências de tormento físico e emocional são expostas, apresentando alegações como crianças que foram “arrastadas” pela natureza ou amarradas em árvores. Em uma das sequências, um homem descreve o que presenciou no local, afirmando que um médico chegou a contar mais de 80 cicatrizes, marcas e contusões em um adolescente.
Em um dos casos mais graves, uma jovem chegou a morrer após se queixar de dores de cabeça durante uma caminhada pelo deserto, com um relatório de autópsia determinando o óbito como “insolação por esforço”.
Mais tarde, Cartisano e a Fundação Challenger seriam acusados de homicídio culposo e nove acusações de contravenção por abuso infantil, gerando outra série de ações civis contra a companhia – que pediu falência. O empresário faleceu em 2019, aos 63 anos,
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