A execução de Eliston Aparecido Pereira, de 51 anos, morte com 13 tiros na sexta-feira (16) em Dourados, foi planejada e arquitetada no Paraguai após ele perder uma carga de 200 quilos de cocaína, que foi apreendida pela Polícia Civil. As informações foram repassadas pelo delegado Erasmo Cubas, na manhã desta segunda-feira (19), em coletiva de imprensa.
Ao menos cinco pessoas estão envolvidas no crime, sendo dois presos em São Paulo neste fim de semana, depois de deixarem a cidade de ônibus. Um terceiro, que fugiu de carro para o Paraguai, e mais dois foram identificados. Os mandados de prisão já foram expedidos.
Conforme o delegado, a mulher de Eliston também seria alvo, já que o casal seria sequestrado e torturado pelos pistoleiros, mas acabou que Eliston foi assassinado no portão de casa com 13 tiros depois de levar a cachorrinha para passear.
A execução dele está ligada à carga de cocaína apreendida pela polícia em Dourados.
Execução
A execução aconteceu, segundo a Polícia Civil, depois da perda de uma carga de cocaína para São Paulo, em 2023. De acordo com a investigação, Eliston era responsável por organizar a saída da droga de Dourados para outros estados, sendo que em uma das operações organizadas, a polícia acabou apreendendo 200 quilos de cocaína em uma carretinha.
Já em outro carregamento que seria levado para São Paulo, ao chegar no local, a facção descobriu que a cocaína havia sido trocada por massa corrida e isopor. Eliston chegou a ficar dois dias em cárcere em Ponta Porã sob poder dos donos da droga em reunião. Logo depois, ele foi solto e disse para a esposa que estaria ‘queimado’ com a facção e que não arrumaria mais trabalho.
Ainda segundo a investigação, os responsáveis pelo envio da falsa cocaína para São Paulo foram assassinados em Campo Grande, pelos chefes da facção em meados de julho de 2023. Eliston, na época, teria sido questionado se estaria ‘jogando’ com a polícia depois da apreensão da cocaína em Dourados.
Eliston já havia sido ameaçado de morte tempo antes de sua execução, nesta sexta (16). Logo após a execução, os três autores que estavam hospedados em um hotel na cidade fugiram.
Um deles, que estava ferido, fugiu de carro para o Paraguai e os dois pistoleiros do PCC que fugiram de ônibus acabaram presos em São Paulo.