Ligada à tradição das famílias mineiras que povoaram a região sudeste do então Mato Grosso uno, a linguiça de Maracaju se tornou patrimônio imaterial e cultural de Mato Grosso do Sul. A medida consta no Decreto Legislativo 784/2024, publicado pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa na edição desta quinta-feira (21) no Diário Oficial do Parlamento. A proposta é da deputada Mara Caseiro (PSDB).


Deputada Mara Caseiro é a autora da proposta

(Foto: Wagner Guimarães) 

Conforme o Decreto, caberá ao Poder Executivo, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, promover a adoção das medidas cabíveis para registro da linguiça de Maracaju como patrimônio imaterial e cultural do Estado. O objetivo é reconhecer a importância histórica, cultural e social do produto alimentício sul-mato-grossense.

Na justificativa do projeto, a deputada Mara Caseiro informa que a linguiça de Maracaju integra a tradição de famílias que vieram do Triângulo Mineiro e povoaram a Serra de Maracaju, no sudeste do então estado de Mato Grosso. “Quando as comitivas chegavam, os suprimentos já estavam escassos, e com isso passaram a utilizar a carne de boi, aqui abundante, para fazer a linguiça, levando-se em conta a tradição da pecuária bovina que já predominava no estado”, afirmou a parlamentar.

Com o contínuo crescimento comercial da linguiça, começou a ser realizada, a partir da década de 1990, “Festa da Linguiça de Maracaju”. Desde 2008, essa festividade faz parte do calendário oficial de eventos Mato Grosso do Sul. Neste ano, a festa chega à sua 28ª edição. A Linguiça de Maracaju também está no Guiness Book (edição de 1998), quando foi fabricada uma linguiça com o tamanho recorde de 31 metros de comprimento.