Com uma área estimada em 9 milhões de hectares, o Pantanal de Mato Grosso do Sul registra nesta quinta-feira (04), 566 mil hectares de área atingida pelas queimadas em 2024. A informação foi divulgada durante live do Governo do Estado para esclarecimentos sobre o combate ao fogo na região.
O levantamento divulgado pelo secretário da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) Jaime Verruck, indica que 94 autos de infração foram emitidos, uma média de R$ 54 milhões em multas aos responsáveis, o que leva em conta “onde foram identificados o início dos incêndios florestais”.
Em resposta ao questionamento da imprensa durante a apresentação, sobre os valores aplicados nos autos de infração, Verruck informou que ainda não se encontram a disposição do Governo e, quando assim estiverem, serão utilizados para prevenção e combate de incêndios, prevenção do meio ambiente.
Sobre a situação atual, o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, destacou a união de esforços no combate às chamas, a qual envolve Governo de MS e União e citou que “a grande preocupação é não deixar ocorrer a evolução”, apontando medidas recentes como o alinhamento com as ministras Marina Silva e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), aumento do efetivo na região, frota ampliada de veículos e inserção de aeronaves, entre outras ações.
A tenente coronel Tatiane de Oliveira, que atua com as equipes no Pantanal, participou da apresentação e explicou fatores climáticos que tem impactado durante as ações, como temperaturas mais amenas no início da semana e o vento atualmente.
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“A semana iniciou com queda de temperatura, o que contribuiu, mas tem acontecido no momento a inversão de direção do vento, o que dificulta o combate ao incêndio, seguimos com várias equipes bem distribuídas para obter bons resultados”, apontou.
Como mostrado pelo Dourados News, ainda no que tange a responsabilização, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) apresentou um relatório sobre os incêndios de grande proporção que tiveram início no Pantanal sul-mato-grossense no período entre 10 de maio e 31 de junho de 2024.
No documento, quatro propriedades rurais localizadas nesta região apontam para início de incêndio por três anos ou mais, entre 2020 e 2024.
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A partir de agora, esses locais receberão “atenção prioritária na atuação do Ministério Público”, conforme informou o órgão.
No mesmo levantamento, constatou-se que foram 20 pontos que geraram 14 grandes incêndios em uma área queimada de 292,86 mil hectares e que acabaram atingindo 177 propriedades rurais, 1 Terra Indígena e 3 Unidades de Conservação, além de incêndios de 39,28 hectares em território boliviano, sendo que tais números tendem a crescer, pois alguns destes incêndios ainda não foram contidos.
O trabalho de identificação dos locais iniciais de incêndios é feito pelo MPMS por meio de imagens de satélite, identificando áreas que variaram de 0,15 a 247 hectares. Essa variação ocorre porque as imagens são diárias, e de um dia para outro, é possível que um incêndio se inicie e tome grandes proporções, dificultando a identificação exata de seu início com esse tipo de metodologia.
Após a identificação por satélite, é emitido um alerta à Polícia Militar Ambiental para investigar as possíveis causas e buscar elementos para responsabilização, sendo que, a partir do dia 26/6 houve o apoio essencial do Grupamento Aéreo do Governo do Estado, imprescindível para agilizar-se as vistorias.
Veja mais detalhes sobre o relatório e medidas –aqui-.
Foto interna 1: Reprodução/ live Governo de MS
Foto interna 2: Alvaro Rezende/ Governo de MS
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