Operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios – Divulgação/Agepen

A Polícia Penal de Mato Grosso do Sul concluiu com êxito a 6ª fase da Operação Mute, uma iniciativa de abrangência nacional sob coordenação da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Desenvolvida simultaneamente em todos os 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, a operação tem como foco principal desarticular organizações criminosas que operam dentro do sistema prisional, contribuindo para a redução dos índices de violência no país.

No Mato Grosso do Sul, as atividades se concentraram em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira. Durante três dias de intensas ações, 210 policiais penais realizaram inspeções detalhadas em 32 celas, culminando na transferência de 29 presos para outras unidades. O balanço oficial das apreensões será divulgado pela Senappen.

No estado, as operações foram organizadas pela Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) e pela Diretoria de Operações da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), com suporte operacional do Cope (Comando de Operações Penitenciárias) e supervisão de representantes da Senappen.

Plano Nacional Integrado
Reconhecida como a maior ação já realizada pela Senappen em termos de abrangência, efetivo e unidades inspecionadas, a Operação Mute promoveu, simultaneamente em todo o país, inspeções rigorosas nas celas e pavilhões. O objetivo foi identificar e apreender celulares e outros instrumentos utilizados por organizações criminosas para coordenar crimes além dos muros das prisões.

A utilização desses dispositivos é considerada um dos fatores que alimentam a violência urbana, sendo ferramentas fundamentais para crimes como tráfico de drogas, homicídios e roubos. Além das apreensões, a operação busca reforçar protocolos e rotinas padronizadas, assegurando maior controle e segurança nos estabelecimentos penais.

De acordo com a Senappen, a Operação Mute marca um avanço significativo no fortalecimento das inteligências penitenciárias estaduais, promovendo integração com a Dipen (Diretoria de Inteligência Penitenciária) e contribuindo diretamente para a redução dos crimes violentos letais intencionais, reafirmando o compromisso com a segurança pública e a proteção da sociedade.