Presidida pelo deputado Zeca do PT (PT), a Comissão de Desenvolvimento Agrário, Assuntos Indígenas e Quilombolas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), reuniu-se nesta manhã (22), no Plenarinho Nelito Câmara, para debater a implantação de modelo para facilitar o acesso dos produtores rurais da agricultura familiar aos créditos fundiários para cooperativas. Entre os participantes, representantes do Governo do Estado, da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e instituições financeiras.
Foto: Luciana Nassar.
Zeca do PT relatou que houve uma reunião cedo, sobre o assunto, com o Governador Eduardo Riedel (PSDB). “O governador ficou muito entusiasmado na reunião de hoje. Entusiasmado, pediu orientação para a elaboração do projeto para a execução do plano. Ao longo de quase três anos debatendo os assuntos em relação a agricultura familiar, encaminhamento de demandas consideradas muito importantes, assistência técnica, que tem aqui no Estado a responsabilidade em parceria com o Governo. Avançando significativamente para gerar renda, desenvolvimento e oportunizando uma vida melhor para os produtores”, ressaltou.
“Agradeço também à série de iniciativas do Governo Federal, com a vinda dos ministros aqui para atender os assentados, no período das queimadas. As vítimas do fogo e da seca receberam cestas da Conab e alimentos foram distribuídos ao gado leiteiro pelo Governo do Estado. Também cobramos a decisão da prorrogação da dívida da Agricultura familiar, exatamente porque se viram impedidos de honrar, em função disso”, narrou Zeca do PT.
O deputado também lembrou o selo de certificação dos produtos da agricultura familiar. “Está sendo elaborado o selo, que deve ser o selo verde, para a certificação dos produtos que são originados na agricultura familiar. Para mim, é uma enorme satisfação em recebê-los aqui para esse debate neste momento que entendemos extremamente importante para o momento que vivemos, particularmente aqueles relacionados a agricultura familiar. Tenho a a honra de presidir a Comissão de Desenvolvimento Agrário, Assuntos Indígenas e Quilombolas”, declarou Zeca do PT.
Foto: Luciana Nassar
Sibá Machado, diretor da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), Sibá Machado, explicou sobre a cooperativa. “Em quase 40 anos de militância, no setor da agricultura familiar, chegou a hora de avançar. Fizemos vários contratos e, em breve, acredito que todo o Centro-Oeste estará participando, e há a expectativa de fechar um grande acordo com o Banco do Brasil [BB] e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social [BNDES]. O governador de Mato Grosso do Sul nos recebeu agora há pouco, antes de virmos aqui, e nos recepcionou bem, agora é colocar a tarefa em dia”, afirmou.
Washington Willeman de Souza, diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), destacou o papel da agência, no contexto. “Saúdo a todos, a frente da Agraer, somos a única instituição no Estado credenciada para emissão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar [CAFs], em uma articulação bem forte do deputado Zeca junto ao Governo, estamos ampliando o quadro para atender com mais efetividade a nossa agricultura familiar estadual, que é constituída de mais de 80 mil famílias. Fomos o Estado que mais cresceu em CAFs ativas. Estamos aqui para aprender e implementar as novas políticas que tem aparecendo ao longo do presidente Lula para fortalecer a agricultura familiar País afora”, disse.
Antonio Henrique, conselheiro da Garanticoop, explicou como funciona a cooperativa. “É uma ferramenta para bons pagadores, a inadimplência muda de uma rua para outra, de um assentamento para o outro. Devemos trabalhar para melhorar essa consciência nossa sobre educação financeira. Precisamos das lideranças das comunidades ajudarem a trabalhar isso aí. No geral, a inadimplência é menor com as operações da Garanticoop, o que ajuda o gerente e linhas de pontas. O Garanticoop funciona como um guarda-chuva. Cada etapa pode direcionar e o aportador onde vai o seu fundo aplicado, deve fazer um aporte em várias atividades, se houver falha em uma, as outras garantem. É isso, a alavancagem para o crédito moderno”, considerou.
Foto: Luciana Nassar
Laura dos Santos, representante nacional do Movimento Sem Terra, expressou sua satisfação nos resultados que estão tornando-se realidade. “O Estado onde prevalece o agronegócio, deputado agricultura familiar é o Zeca do PT, sempre trouxe isso para a Casa de Leis, setor de produção e Meio Ambiente do MST debatendo o olhar do Estado que não teve no Governo passado. Receber as políticas públicas do governo eleito por muito carinho, precisamos estar organizados, cooperativas, associações. Linhas de produções variadas, ouvir isso é importante para nós, o que nos é o score bancário, para melhorar as nossas condições de vida. E agora o Selo Verde que para nós é uma alegria e satisfação, sem ser desperdiçado e jogado fora. Vale a pena vir, ouvir e trazer nossas propostas. Sonhamos com a Reforma Agrária”, concluiu.
Thiago Borges, representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário. “Mais emissão de CAFs e crédito que mais cresceu no Brasil. Parabenizo o seu empenho e de quem está na Agraer auxiliando nossa superintendência em Mato Grosso do Sul. A nossa luta constante é para que o crédito aconteça. Cooperativas que tanto admiramos, e fazem o que o Banco do Brasil não consegue fazer, onde não consegue chegar, grande começo e grande início. Fantástico o papel do Banco do Brasil, mas ainda falta muito. Precisamos pensa num banco para o Mato Grosso do Sul, Estado que tem banco estão fortalecidos”, ressaltou.