Cientistas analisaram mais de 5 milhões de pessoas e identificaram 700 variações genéticas que desencadeiam a doença

Um estudo publicado na revista Cell revelou a descoberta de 300 novos fatores de risco genético para a depressão. A pesquisa, liderada por cientistas da Universidade de Edimburgo e do King’s College London, no Reino Unido, analisou dados genéticos de mais de 5 milhões de pessoas de 29 países, incluindo participantes de ancestrais não-europeus. Eis a íntegra (PDF – 2MB, em inglês).

A depressão é resultado da interação entre genética, eventos adversos na vida e problemas de saúde física. O estudo identificou 700 variações genéticas associadas à depressão, sendo que quase metade delas nunca havia sido relacionada à condição.

A pesquisa incluiu dados de populações frequentemente sub-representadas em estudos anteriores, que se concentravam em grupos brancos e de maior renda. A diversidade dos participantes do estudo foi crucial para identificar 100 diferenças genéticas específicas.

De acordo com o estudo, a depressão afeta cerca de 15% da população mundial. Desde 2013, existem pesquisas que relacionam a doença à associação genômica ampla, atribuindo a condição também aos fatores de risco genéticos.

Além de mapear os fatores de risco genético, a equipe investigou mais de 1.600 medicamentos para determinar seu impacto nos genes ligados à depressão. Medicamentos como Pregabalina e Modafinil, usados para outros tratamentos, mostraram potencial também na atuação contra a depressão.