(Foto: @lucasport01 / Jornalista Livres)

Governador João Doria se reuniu nesta segunda-feira (9) com familiares das vítimas de Paraisópolis e determinou o afastamento dos demais 32 policiais militares que participaram da ação que matou nove jovens, mas ainda não haviam sido afastados. “Não vamos afastar seis se há 38 envolvidos”, disse a mãe de uma das vítimas, que também pediu transparência nas investigações

247 – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu nesta segunda-feira, 9, afastar os 38 policiais militares que participaram da operação que resultou em nove mortos durante um baile funk em Paraisópolis, na zona sul da capital paulista. 

Seis policiais militares, dos 38 agora anunciados, já haviam sido afastados dos serviços operacionais na última semana em decorrência das ação. Agora, serão afastados outros 32. 

Doria atendeu a um pedido de familiares de vitimas durante reunião no Palácio dos Bandeirantes na noite desta segunda-feira (9). Doria determinou ao secretário da Segurança Pública, general João Camilo Campos, que o pedido seja atendido.

“O afastamento é uma questão de respeito. Não vamos afastar seis se há 38 envolvidos”, afirmou à Folha Maria Cristina Quirino, mãe de Denis Henrique, 16, morto no episódio.

Eles cobraram transparência nas investigações. Participaram ainda do encontro familiares das vítimas, membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Defensoria Pública e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). 

“A reunião foi para escutar as famílias, mostrar a postura do Estado, o que estamos fazendo e pretendemos fazer. A palavra principal da reunião foi respeito, transparência e providências que o Estado deve tomar. As providência agora são de transparência, de respeito ao luto das famílias e de programas que vão atender à necessidade das comunidades”, disse a Procuradora Geral do Estado, Lia Porto Corona.

Antes do encontro com Doria, as lideranças comunitárias de Paraisópolis se reuniram, pela manhã, com moradores do Morumbi, bairro vizinho de classe alta. Na reunião, eles decidiram pedir à prefeitura que seja criada uma subprefeitura de Paraisópolis/Morumbi. Hoje eles se submetem à subprefeitura do Campo Limpo.

Já a tarde, eles se reuniram com secretários municipais e estaduais na União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis. O secretário de Segurança Pública não participou. Nessa reunião, eles encaminharam uma lista de demandas aos governos municipal e estadual e ficou acertada a criação de seis grupos de trabalho para lidarem com os pedidos feitos pela comunidade.

Fonte: Brasil 247