Com o volume de provas contra o clã no âmbito do inquérito sobre as fake news, lideranças avaliam que o fim do ciclo bolsonarista pode se dar pela impugnação da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE
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O Congresso Nacional deve transferir para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a responsabilidade de afastar Jair Bolsonaro. Com o volume de provas contra o clã no âmbito do inquérito sobre as fake news, lideranças avaliam que o fim do ciclo bolsonarista pode se dar pela impugnação da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE e não pelo impeachment no Parlamento.
Membros do governo foram informados que o Supremo Tribunal Federal tem munição para novas ações que miram o esquema de disseminação de notícias falsas, mantido por apoiadores de Bolsonaro, com igual ou maior fôlego do que a operação conduzida pela Polícia Federal na última quarta-feira (27). “O relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, estaria longe de esgotar o arsenal”, informa o jornal Valor Econômico.
Dentre os alvos da operação da semana passada estão os empresários bolsonaristas Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e Edgard Corona, fundador da Smart Fit. Oito deputados bolsonaristas, dentre eles Carla Zambelli, também são investigados. O ex-deputado federal Roberto Jefferson é outro alvo da ação.
Em análise publicada em sua coluna no portal G1, Helio Gurovitz afirma que “todos os elementos do tabuleiro e todas as jogadas em Brasília nos bastidores apontam para o segundo caminho: a impugnação da chapa vitoriosa em 2018 pelo TSE, com a convocação de novas eleições”.
“O motivo alegado para isso será a violação das regras de financiamento eleitoral. Uma vez comprovado que a campanha de Bolsonaro se beneficiou de recursos que não foram declarados, estará configurado, nos termos da Lei Eleitoral, o pretexto jurídico para cassar a chapa que elegeu Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão”.
Fonte: brasil 247