Segundo levantamento realizado pelo Instituto Locomotiva, 3,89 milhões de famílias mais ricas possuem ao menos um integrante recebendo o auxílio emergencial, criado com o objetivo de apoiar trabalhadores pobres durante a pandemia

Pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva aponta que um terço das famílias pertencentes às classes A e B solicitou o auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal para combater os efeitos da pandemia da Covid-19 e que 69% dos pedidos foram atendidos. Segundo o levantamento, divulgado pelo jornal Valor Econômico, 3,89 milhões de famílias mais ricas possuem ao menos um integrante recebendo o auxílio. 

“O argumento, em geral, é algo do tipo: ‘Sempre paguei impostos e nunca tive nada em troca do governo’. Ou ainda que ‘a crise está difícil para todo mundo’. São pessoas que realmente acham que têm o direito ao benefício por esses fatores. Não existe um sentimento de que estão cometendo fraude”, disse o fundador e presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles. 

O auxílio emergencial foi criado para auxiliar os trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs) e desempregados que não recebem o seguro-desemprego durante a pandemia os critérios para o recebimento do benefício estabelecem que a renda per capita não pode ser  acima de R$ 522,50 mensais ou uma renda familiar de até R$ 3.135 (três salários mínimos). 

Estas informações, conforme o levantamento, estariam sendo omitidas no momento do preenchimento do cadastro no site da Caixa. A solicitação do auxílio emergencial mediante o uso de informações falsas, porém, podem ser consideradas crimes de falsidade ideológica e estelionato.

A pesquisa ouviu 2.006 pessoas de 72 cidades do Brasil entre os dias 20 e 25 de mai e possui margem de erro Umde 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: Brasil 247