Pequenos, grande e gigantes, há várias espécies de gafanhotos em MS e nenhum deles oferece riscos a humanos
Pandemia, desemprego, aquecimento global, queimadas, nuvem de gafanhotos. Há tanta notícia ruim em 2020 que estranho é não ficar sugestionado a pensar que vivemos um remake das 10 pragas do Egito. Prova disso são relatos amedrontados de aparição de gafanhotos ‘gigantes’ em MS nos últimos dias. Assustam? Provavelmente. Mas, não deveriam.
O Jornal Midiamax conversou com biólogos e confirmou que, além de serem inofensivos aos seres humanos, é improvável que os animais avistados sejam “gafanhotos desgarrados” da tal nuvem que se aproximou do sul do Brasil no início da semana. É que esse tipo de inseto, na verdade, é bem comum na fauna do centro-oeste.
“A única relação que existe entres esses animais avistados e os argentinos é que eles pertencem ao mesmo grupo de insetos. No Brasil, as espécies existentes não costumam representar pragas como essas que estão fazendo grandes nuvens pela Argentina. Eles não oferecem riscos, a não ser para a produção das lavouras. A preocupação é somente essa”, destaca o biólogo José Milton Longo, doutor em Ecologia e Conservação.
No planeta, são mais 11,5 mil espécies de gafanhotos. Alguns deles podem ser bem pequenos, mas há espécies que chegam a medir 20 centímetros de comprimento, como algumas encontradas por aqui. Nenhuma delas é carnívora: gafanhotos gostam mesmo é de plantinhas, o que há de sobra nos latifúndios com monoculturas em Mato Grosso do Sul, por exemplo.
Quer dizer, o único risco proporcionado por esses bichos é para a economia rural, já que uma nuvem como a que passou pela Argentina é capaz de destruir uma lavoura inteira, o que transforma estes animais numa praga.
Fonte: Midiamax