Balanço divulgado pelo 2º GBM (Grupamento de Bombeiros Militar) no início da noite de segunda-feira (9) revela que houve mais de 100 ocorrências de quedas de árvores num intervalo de tempo inferior a 15 dias em Dourados, entre o final de outubro e esse início de novembro.
Somente no temporal de domingo (8) foram 47 solicitações de atendimento feitas pelo telefone de emergência 193. O estrago na cidade foi tão grande que mesmo somando esforços entre equipes de plantão e militares que estavam na folga, a corporação informa que os trabalhos de remoção das árvores e galhos prosseguem “sem previsão de término”.
Ao Dourados News, o coordenador da Defesa Civil no município, Ademir Marins, já havia detalhado que choveu 9 milímetros e foram registradas rajadas de vento localizadas, com velocidade estimada de 60 quilômetros por hora. Não houve feridos, mas pelo menos quatro casas foram parcialmente destelhadas e uma família desalojada.
As quedas de árvores provocaram estragos diversos: carros foram atingidos, ruas bloqueadas e a rede de distribuição de energia elétrica sofreu graves danos, ocasionando interrupção do fornecimento em regiões da cidade, segundo a Energisa, empresa concessionária do serviço. (confira)
Também no balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros, é detalhado que no dia 26 de outubro foram atendidas 63 solicitações de atendimento por causa de quedas de árvores em Dourados.
Naquela data, o Guia Clima da Embrapa Agropecuária Oeste apurou 24.0 milímetros de chuva durante 1 hora e 28 minutos e registrou rajadas de vento com velocidade 46 quilômetros por hora às 7h25, classificadas como muito fortes.
Os danos foram tamanhos que a prefeita Délia Razuk (sem partido) decretou situação de emergência. Mas a limpeza pública do município tem sido feita por equipe própria e de convênio com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), já que o contrato de mais de R$ 100 milhões para terceirização do serviço acabou e nova licitação foi barrada pelo TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) por indícios de irregularidades.
Porém, conforme o edital do processo licitatório, essa nova contratação era justificada justamente “diante da escassez de recursos humanos na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, habilitados a realizar de forma adequada os referidos serviços e da ausência de equipamentos necessários para tanto”. (saiba mais)
Em 25 de julho de 2019, relatório diagnóstico apresentado na Câmara de Vereadores como Produto II do Plano Diretor de Arborização Urbana mostrou que ao menos 20% das árvores plantadas em Dourados tinham, já naquela época, necessidade de algum tipo de manejo relacionado à poda. (leia mais)
A informação foi tornada pública por uma das representantes da Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa ao Ensino e à Cultura), contratada pelo município em novembro de 2018 via dispensa de licitação no valor de R$ 162.000,00 para execução dos produtos que irão compor o Plano Diretor de Arborização Urbana do município.
Fonte: Dourados News