Gonçalo Vecina criticou autoridades do ministério por não darem prioridade para a compra do imunizante da Pfizer, aprovado nesta semana pelo Reino Unido

São Paulo – Ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o infectologista Gonzalo Vecina Neto disse que não haverá vacinas contra a covid-19 suficientes para atender toda a população mundial em 2021. Diante desse cenário, ele afirmou que o governo brasileiro tem que “apostar em todas”, buscando diversificar a compra dos imunizantes. Por isso, classificou como uma “monstruosidade” a intenção do ministério da Saúde de deixar de fora a vacina da Pfizer.

Desenvolvida em parceria com a BioNtech, a vacina da Pfizer foi aprovada nesta quarta-feira (2) pelo Reino Unido. Sua aplicação deve ser iniciada já na semana que vem.https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?guci=2.2.0.0.2.2.0.0&client=ca-pub-2156703359938643&output=html&h=280&slotname=7941693992&adk=90031678&adf=3837993286&pi=t.ma~as.7941693992&w=678&fwrn=4&fwrnh=100&lmt=1607018805&rafmt=1&psa=1&format=678×280&url=https%3A%2F%2Fwww.redebrasilatual.com.br%2Fsaude-e-ciencia%2F2020%2F12%2Fanvisa-vacina-teste-brasil%2F&flash=0&fwr=0&rpe=1&resp_fmts=3&wgl=1&tt_state=W3siaXNzdWVyT3JpZ2luIjoiaHR0cHM6Ly9hZHNlcnZpY2UuZ29vZ2xlLmNvbSIsInN0YXRlIjowfSx7Imlzc3Vlck9yaWdpbiI6Imh0dHBzOi8vYXR0ZXN0YXRpb24uYW5kcm9pZC5jb20iLCJzdGF0ZSI6MH1d&dt=1607018804767&bpp=12&bdt=216&idt=861&shv=r20201201&cbv=r20190131&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&cookie=ID%3D203f138c294140d2-22ccaa28c4b300fa%3AT%3D1607018556%3ART%3D1607018556%3AS%3DALNI_MYz_9wy_XH4_5ZvuVnMzUPDYze4sQ&prev_fmts=0x0&nras=1&correlator=4324984055959&frm=20&pv=1&ga_vid=1978480367.1607018510&ga_sid=1607018805&ga_hid=241741414&ga_fc=0&u_tz=-240&u_his=5&u_java=0&u_h=768&u_w=1366&u_ah=728&u_aw=1366&u_cd=24&u_nplug=3&u_nmime=4&adx=176&ady=1143&biw=1349&bih=600&scr_x=0&scr_y=0&eid=21066705&oid=3&pvsid=284489199266349&pem=178&ref=https%3A%2F%2Fwww.redebrasilatual.com.br%2F&rx=0&eae=0&fc=1920&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C1366%2C0%2C1366%2C728%2C1366%2C600&vis=1&rsz=%7C%7CpeEbr%7C&abl=CS&pfx=0&fu=8320&bc=31&ifi=1&uci=a!1&btvi=1&fsb=1&xpc=331JmN5ok3&p=https%3A//www.redebrasilatual.com.br&dtd=874

No Brasil, entretanto, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, afirmou na terça-feira (1º) que o país priorizaria imunizantes que se adequassem à infraestrutura das salas de vacinação espalhadas pelo paíshttps://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?guci=2.2.0.0.2.2.0.0&client=ca-pub-2156703359938643&output=html&h=280&slotname=7941693992&adk=3639425214&adf=706757898&pi=t.ma~as.7941693992&w=678&fwrn=4&fwrnh=100&lmt=1607018805&rafmt=1&psa=1&format=678×280&url=https%3A%2F%2Fwww.redebrasilatual.com.br%2Fsaude-e-ciencia%2F2020%2F12%2Fanvisa-vacina-teste-brasil%2F&flash=0&fwr=0&rpe=1&resp_fmts=3&wgl=1&tt_state=W3siaXNzdWVyT3JpZ2luIjoiaHR0cHM6Ly9hZHNlcnZpY2UuZ29vZ2xlLmNvbSIsInN0YXRlIjowfSx7Imlzc3Vlck9yaWdpbiI6Imh0dHBzOi8vYXR0ZXN0YXRpb24uYW5kcm9pZC5jb20iLCJzdGF0ZSI6MH1d&dt=1607018804779&bpp=2&bdt=229&idt=894&shv=r20201201&cbv=r20190131&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&cookie=ID%3D203f138c294140d2-22ccaa28c4b300fa%3AT%3D1607018556%3ART%3D1607018556%3AS%3DALNI_MYz_9wy_XH4_5ZvuVnMzUPDYze4sQ&prev_fmts=0x0%2C678x280&nras=1&correlator=4324984055959&frm=20&pv=1&ga_vid=1978480367.1607018510&ga_sid=1607018805&ga_hid=241741414&ga_fc=0&u_tz=-240&u_his=5&u_java=0&u_h=768&u_w=1366&u_ah=728&u_aw=1366&u_cd=24&u_nplug=3&u_nmime=4&adx=176&ady=1532&biw=1349&bih=600&scr_x=0&scr_y=0&eid=21066705&oid=3&pvsid=284489199266349&pem=178&ref=https%3A%2F%2Fwww.redebrasilatual.com.br%2F&rx=0&eae=0&fc=1920&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C1366%2C0%2C1366%2C728%2C1366%2C600&vis=1&rsz=%7C%7CpeEbr%7C&abl=CS&pfx=0&fu=8320&bc=31&ifi=2&uci=a!2&btvi=2&fsb=1&xpc=PkxOt5KXXE&p=https%3A//www.redebrasilatual.com.br&dtd=901

A vacina da Pfizer requer refrigeração a – 80° C, enquanto as geladeiras das salas de vacinação pelo país operam com temperaturas entre 2º e 8ºC. Nelas, esse imunizante teria apenas cinco dias de validade.

Essa questão, contudo, já teria sido solucionada pela própria fabricante, que promete garantir a estrutura necessária para a sua distribuição. Contêineres com gelo seco garantiriam a durabilidade da vacina por até 15 dias.

Ao todo, seriam 20 dias de prazo para fazer a substância chegar até a população. Para Vecina, cabe ao ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, garantir a eficiência do esquema de distribuição.

“É só fazer o que o general sabe fazer, que é a logística. Essa é a especialidade dele. Já que ele não entende nada de saúde, é por aí que tem que caminhar. O que não pode é desprezar uma solução que está na porta da nossa casa”, destacou o médico, em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual.

Recuo em relação à vacina

Após a polêmica declaração do secretário, o ministério da Saúde voltou atrás. O próprio Medeiros, em vídeo postado no Youtube, afirmou que o órgão “não descarta nenhuma vacina”. No entanto, o ministro Pazuello, em audiência pública no Congresso Nacional nesta quarta (2), reclamou dos cronogramas, quantidades e preços oferecidos pelos laboratórios.

Segundo Vecina, é importante adquirir a vacina da Pfizer, bem como as demais em teste no Brasil, mesmo que seja em menor quantidade. Como desenvolveram parte dos seus estudos clínicos no país, elas contarão com a aprovação emergencial da Anvisa.https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?guci=2.2.0.0.2.2.0.0&client=ca-pub-2156703359938643&output=html&h=280&adk=1847300301&adf=2125812017&pi=t.aa~a.16413738~i.20~rp.4&w=678&fwrn=4&fwrnh=100&lmt=1607018806&num_ads=1&rafmt=1&armr=3&sem=mc&pwprc=9456492863&psa=1&ad_type=text_image&format=678×280&url=https%3A%2F%2Fwww.redebrasilatual.com.br%2Fsaude-e-ciencia%2F2020%2F12%2Fanvisa-vacina-teste-brasil%2F&flash=0&fwr=0&pra=3&rh=170&rw=678&rpe=1&resp_fmts=3&wgl=1&fa=27&adsid=NT&tt_state=W3siaXNzdWVyT3JpZ2luIjoiaHR0cHM6Ly9hZHNlcnZpY2UuZ29vZ2xlLmNvbSIsInN0YXRlIjowfSx7Imlzc3Vlck9yaWdpbiI6Imh0dHBzOi8vYXR0ZXN0YXRpb24uYW5kcm9pZC5jb20iLCJzdGF0ZSI6MH1d&dt=1607018806163&bpp=4&bdt=1612&idt=4&shv=r20201201&cbv=r20190131&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&cookie=ID%3D203f138c294140d2-22ccaa28c4b300fa%3AT%3D1607018556%3ART%3D1607018556%3AS%3DALNI_MYz_9wy_XH4_5ZvuVnMzUPDYze4sQ&prev_fmts=0x0%2C678x280%2C678x280&nras=2&correlator=4324984055959&frm=20&pv=1&ga_vid=1978480367.1607018510&ga_sid=1607018805&ga_hid=241741414&ga_fc=0&u_tz=-240&u_his=5&u_java=0&u_h=768&u_w=1366&u_ah=728&u_aw=1366&u_cd=24&u_nplug=3&u_nmime=4&adx=176&ady=2457&biw=1349&bih=600&scr_x=0&scr_y=0&eid=21066705&oid=3&pvsid=284489199266349&pem=178&ref=https%3A%2F%2Fwww.redebrasilatual.com.br%2F&rx=0&eae=0&fc=1408&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C1366%2C0%2C1366%2C728%2C1366%2C600&vis=1&rsz=%7C%7Cs%7C&abl=NS&cms=5&fu=8320&bc=31&jar=2020-12-03-18&ifi=5&uci=a!5&btvi=3&fsb=1&xpc=1dHAeOG6mK&p=https%3A//www.redebrasilatual.com.br&dtd=362

Da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade Oxford, o ministério afirmou que deve receber 100 milhões até o fim do primeiro semestre. O que atenderia a 50 milhões de pessoas, já que são necessárias duas doses. Outras 160 milhões de unidades seriam fabricadas até o final do ano que vem, em parceria com a Fiocruz.

O governo de São Paulo, em parceria com o Instituto Butantan, adquiriu outras 46 milhões de doses da Coronavac, da chinesa Sinovac. Na manhã desta quarta-feira (3), 600 litros de insumos – equivalente a 1 milhão de doses – chegaram ao estado. Outras 120 mil doses já haviam sido recebidas no mês passado.

Além das citadas, também está sendo testado no Brasil o imunizante da farmacêutica belga Janssen-Cilag, pertencente ao grupo norte-americano Johnson & Johnson.

Testes no lixo

O ex-presidente da Anvisa também criticou as falas do ministro sobre 6,8 milhões de testes para diagnóstico da covid-19, próximos do vencimento, estocados em um armazém do governo federal em Guarulhos. Segundo Pazuello, as datas de validade dos kits RT-PCR serão prorrogadas, e terão sua utilização garantida. Ainda assim, disse que mais importante do que os testes RT-PCR são os diagnósticos clínicos determinados pelos médicos.

Segundo Vecina o teste RT-PCR é considerado o “padrão-ouro” dos diagnósticos para a covid-19. Após a sua aplicação, caso o resultado seja positivo, é possível fazer o rastreamento das demais pessoas que tiveram contato com o infectado. Além disso, apenas com o diagnóstico clínico, segundo o infectologista, é mais difícil convencer a pessoa que testou positivo a se isolar, medida necessária para interromper a cadeia de transmissão.

Por outro lado, Vecina afirmou que a maior parte desses testes acabará indo para o lixo, independentemente da prorrogação do prazo de validade. Isso porque ele não é adequado para o maquinário utilizado na maioria dos laboratórios do país. Ele não culpou as autoridades de saúde por esse equívoco, dada a pouca informação disponível no momento em que eles foram adquiridos. Mas afirmou que Pazuello deveria assumir essa falha, em vez de continuar “enganando a distinta plateia”.

Fonte: RBA