De acordo com os especialistas participantes, o reconhecimento da importância do SUS talvez seja o maior legado da pandemia de covid-19
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“O SUS é um dos maiores legados, um dos maiores instrumentos que nós temos. Graças a Deus que temos SUS, senão seria a barbárie”, diz o epidemiologista Wanderson Oliveira, ex-secretário nacional de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, no documentário Linha de Frente: O SUS no enfrentamento à covid-19, produzido pela Faculdade de Comunicação e Artes da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais.
SUS é riqueza
“O SUS começa muito antes do posto de saúde, muito antes da internação na UTI. Começa nos aspectos de prevenção, está na base do sistema de laboratório, de vigilância das doenças. Uma riqueza. Sem o SUS e sua ação coordenada, esta situação brasileira, sem dúvida terrível em relação à covid-19, poderia ter sido ainda mais drástica, ainda pior, principalmente dada a nossa enorme desigualdade”, diz Fernando Spilki, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia e membro da Rede Virus.
Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Jairnilson Paim destaca o caráter universal do sistema público de saúde brasileiro, o maior do mundo, que atende a todos “independentemente de raça, de classe, de ter acesso ou não ao setor privado”. O especialista em saúde coletiva e em reforma sanitarista – movimento que levou à criação do SUS em 1988 – lembra ainda a capilaridade do sistema neste momento e no dia a dia em vários territórios, em praticamente todo o território nacional.
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Fonte: RBA