![](https://msatual.com.br/wp-content/uploads/2021/01/tecnologia-1024x643.jpg)
A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária é realizada anualmente pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com os principais bancos que operam no país e está em sua 28ª edição. “O estudo tem o objetivo de mapear o estágio da tecnologia bancária no Brasil e suas tendências. A pesquisa expõe e explica de que forma o intenso uso da tecnologia no setor bancário se reverte em maior conveniência e segurança para o cliente, tornando-se um importante instrumento de discussão na academia, órgãos do governo, mídia, entre outros”, diz o site da entidade. No momento em que a tecnologia ganha grande dimensão na vida das pessoas e é elemento de competitividade entre empresas e nações, é positiva a iniciativa da Febraban.
Coordenada pela Diretoria Setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban, em parceria com a empresa de consultoria Deloitte, a coleta de dados da pesquisa se dá em duas fases: uma quantitativa, com o preenchimento pelos bancos de um formulário; e outra qualitativa, por meio de entrevistas com executivos da área. Em 2020, 20 bancos responderam ao questionário e 10 executivos concederam entrevistas.
Principais resultados
a) Entre 2015 e 2019, no Brasil e no mundo, o setor bancário e o governo são os setores com as maiores participações nas despesas totais com tecnologia, com percentuais entre 13% e 16% do total dos gastos. Em seguida vêm os setores de comércio, telecomunicações, seguros e serviços de saúde (entre 5% e 10% do total). A indústria pesada e a indústria automotiva tiveram participações entre 2% e 4%.
b) Em 2011, os investimentos dos bancos em hardware e telecomunicações representavam três vezes os investimentos em software. Já em 2019, os investimentos em software foram praticamente no mesmo montante da soma dos investimentos em hardware e telecomunicações. Os sucessivos aumentos nos investimentos em software, desde 2013, coincidem com os avanços no uso de operações via smartphones pelos clientes.
c) O número de agências bancárias sobe entre 2010 e 2013 e cai entre 2017 e 2019. Em 2019, voltou-se quase ao mesmo de 2009. Em agosto de 2020, o total de agências no país era de 19,3 mil.
d) O período 2009/2013 foi marcado por forte crescimento econômico e uma ativa política de crédito. O período seguinte caracterizou-se por baixas taxas de crescimento e pelo encarecimento do crédito.
e) Entre 2011 e 2019, cresceram as operações bancárias com uso de smartphones, seguido das operações nas “maquininhas de cartão” (POS) e da internet. Destaca-se, também, a evolução das transações por meio dos correspondentes, porém ainda abaixo dos valores transacionados nas agências e demais canais, exceto os contact centers.
Fonte: RBA