Redes comparam propaganda do governo com Guedes e Michelle com ações de solidariedade do MST nas periferias do Brasil durante a pandemia

São Paulo – O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra doou 1 milhão de marmitas e 5 mil toneladas de alimentos durante a pandemia. As ações de solidariedade do MST reuniram o equivalente a mil caminhões cheios de comida distribuídos nas periferias urbanas e rurais do país.

Diante da pujança das doações do movimento, viralizou nas redes sociais uma comparação com ações do governo do presidente Jair Bolsonaro. Nesta semana, o ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, fez publicidade para anunciar a doação de 148 peças de roupas. Guedes aparece ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro em propaganda do ministério. Mas a imagem distribuída pelas redes sociais oficiais do governo soou constrangedora. Para se ter ideia, nesta temporada de frio e pandemia, a Cruz Vermelha , por exemplo, doou 24 mil peças apenas em maio e 50 mil máscaras.

O MST também liderou outras ações de solidariedade durante a pandemia de covid-19. “Desde 2020, por meio do trabalho de base das campanhas e brigadas solidárias nas periferias urbanas e rurais – contra o avanço do covid-19 e da fome – foram formados(as) mais de 2 mil Agentes Populares de Saúde, que distribuíram cerca de 30 mil máscaras de proteção para população mais vulnerável, por meio da campanha nacional Periferia Viva Contra o Coronavírus”, afirma o movimento social.

Humanismo contra o negacionismo

Trata-se de um contraponto humanístico às ações do bolsonarismo diante da pandemia. Bolsonaro negou a ciência, a gravidade da doença, divulgou mentiras sobre máscaras e sobre a segurança das vacinas, estimulou e promoveu aglomerações, entre outras ações contrárias à segurança dos brasileiros. Como resultado, o Brasil é o segundo país com mais mortes pela covid-19 no mundo, primeiro em 2021, com taxa de mortalidade 4,4 vezes superior ao resto dos países.

“Ano passado, o Brasil já era apontado como o pior país na gestão da pandemia, segundo levantamento da Lowy Institute. Desde então, tem sido a partir dos movimentos, instituições e entidades populares, que a classe trabalhadora do campo e da cidade vem se organizando comunitariamente e reivindicando o direito à vida, ecoando: “Vacina no braço,  comida no prato e Fora Bolsonaro”, completa, em nota, o MST.

Fonte: RBA