A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, pediu um aumento no fornecimento de vacinas contra a COVID-19 para as Américas, observando que “milhões de pessoas na América Latina e no Caribe ainda não sabem quando terão a chance de ser imunizadas”.

“Alguns países da América do Sul e Central, atingidos pela pandemia de forma particularmente forte, ainda não foram capazes de acessar vacinas suficientes para vacinar totalmente 3% de suas populações”, afirmou Etienne na coletiva de imprensa semanal da OPAS.

Etienne disse que “a OPAS pediu às nações com vacinas suficientes para que as compartilhassem com os países das Américas que ainda estão lutando. Esse chamado está começando a ressoar”.

A diretora da OPAS observou que “as doações de doses estão ajudando o COVAX a expandir substancialmente a disponibilidade de vacinas na próxima entrega, com cerca de 60 milhões de doses provenientes dos Estados Unidos e mais de 11 milhões do Japão, contribuindo para a alocação esperada de cerca de 143 milhões de doses”.

“Embora devamos contar com doações no curto prazo, já planejamos um cenário futuro em que haverá mais oferta.

A OPAS está mapeando o déficit de demanda de nossos Estados-membros para determinar como o Fundo Rotatório pode ajudar os países a cumprir suas metas futuras com vacinas contra a COVID-19 e outros suprimentos, como seringas e equipamentos de rede de frio”, acrescentou Etienne.

As 24 milhões de doses do COVAX implantados na região até agora “foram rapidamente colocadas em uso e os países estão ansiosos por alocações adicionais para enviar assim que os suprimentos estiverem disponíveis. Nossos países sabem como implantar vacinas e estão prontos.

Mas precisam de mais doses e precisam delas agora”, alegou a diretora da OPAS.

Etienne observou que uma em cada quatro pessoas na região “foi totalmente imunizada e mais de 600 milhões de doses foram administradas nas Américas.

No entanto, mais da metade dessas doses foram aplicadas em apenas um país, os Estados Unidos”.

O Chile e o Uruguai têm cerca de 50% de sua população totalmente imunizada e o Canadá cobriu mais de 30%, observou Etienne.

“Mas milhões de pessoas na América Latina e no Caribe ainda não sabem quando terão a chance de ser imunizadas”, ressaltou a diretora da OPAS.

Durante a coletiva de imprensa, Etienne citou os eventos no Haiti que levaram à morte do presidente Jovenel Moïse.

“A OPAS deseja estender seus pêsames à família. Também queremos expressar solidariedade ao povo haitiano nestes tempos incertos e reiterar nosso compromisso com o avanço da saúde e do desenvolvimento no país.

Nossa organização tem uma longa história de trabalho no Haiti, de mãos dadas com as autoridades locais, profissionais de saúde e comunidades por de nosso escritório Porto Príncipe.

Continuamos com eles agora e redobraremos nossos esforços.”

Fonte: Dourados Agora