A Coamo Agroindustrial Cooperativa é investigada por expelir odores nas imediações da unidade instalada em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande. Nesta quinta-feira (21), foi publicada, no Diário Oficial do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), a abertura de inquérito civil para apurar eventual poluição atmosférica causada pela indústria.
O documento é assinado pelo promotor Amílcar Araújo Carneiro Júnior, da 11ª Promotoria de Justiça local. Consta no processo que fiscais ambientais do Imam (Instituto de Meio Ambiente de Dourados) realizaram vistoria na empresa e constataram que a quilômetros de distância da sede já era possível sentir forte odor.
O relatório apontou que, nas proximidades da caldeira, o cheiro era forte, característico de fermentação, ‘adocicado e não agradável’. Foi constatado ainda que o odor era pior na área das lagoas 1 e 2 e que não havia cortina arbórea ao redor do Parque Industrial. Fiscais também apontaram que a Coamo não cumpriu todas as determinações administrativas no que diz respeito ao plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
Neste sentido, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) dispõe de lei específica que “veta incômodo por emissões de substâncias odoríferas à vizinhança, bem como a emissão de qualquer material particulado dentro da área do empreendimento ou área de terceiros”. Diante das informações colhidas, o promotor decidiu instaurar o procedimento para investigar os eventuais danos ambientais causados pela empresa.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Coamo, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno. O espaço segue aberto para posicionamento.
Fonte: midiamax