Ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A queda dos principais auxiliares do ministro da Economia já era esperada. Demissão de Bruno Funchal, peça-chave no ministério aumenta a incerteza fiscal

 “A debandada no Ministério da Economia era esperada porque o ministro Paulo Guedes aceitou correr esse risco. Há muito tempo, dentro do Ministério da Economia, a equipe tem trabalhado para encontrar fórmulas que pudessem conciliar a pressão política e os limites legais”, escreve Míriam Leitão em sua coluna no Globo.

Míriam destaca que nos últimos dias Bruno Funchal vinha dando sinais cada vez mais fortes de descontentamento e cansaço e que se mantinha no cargo fazendo apenas redução de danos. 

“Bruno Funchal era peça-chave no Ministério da Economia, porque na última reformulação administrativa do Ministério, foi criada essa secretaria especial de Tesouro e Orçamento, que assumiu funções de outros órgãos”. 

Isso tem o significado claro de que membros importantes da equipe do ministro Paulo Guedes discordam do caminho tomado por ele de ceder à pressão por uma política de “populismo fiscal”. 

“Paulo Guedes fez uma escolha. Entre manter parâmetros fiscais e defender o cofre, ele entrou na campanha da reeleição. Quando um ministro da Economia faz isso está sempre contratando o desastre econômico, com mais inflação, menos investimento e menos crescimento”, escreve Míriam Leitão.

Fonte: Brasil 247