Naftali Bennett (Foto: Tsafrir Abayov/Pool via Reuters)

O presidente russo garantiu a Naftali Bennett que Moscou está pronta para negociar na Bielorrússia e culpou Kiev por não aproveitar a oportunidade

O presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, mantiveram uma conversa telefônica neste domingo (27), na qual discutiram a operação militar russa na Ucrânia e possíveis negociações entre os lados russo e ucraniano.

Segundo o Kremlin, o presidente russo “observou que a delegação russa está na cidade bielorrussa de Gomel e está pronta para negociar com os representantes de Kiev, que, mostrando inconsistência, ainda não aproveitaram esta oportunidade. Por sua vez, Naftali Bennett ofereceu os serviços de corretagem de Israel para suspender as hostilidades”.

Na madrugada desta sexta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, indicou que estava disposto a negociar para interromper a operação militar russa no país. Na tarde do mesmo dia, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que as autoridades ucranianas não estavam cooperando com Moscou na preparação de negociações bilaterais, aumentando sua capacidade de repelir as tropas russas na própria Ucrânia. Finalmente, na noite de sexta-feira, o porta-voz presidencial da Ucrânia, Sergei Nikiforov, anunciou  que Kiev aceitou a proposta de Moscou de realizar negociações, acrescentando que seu país está disposto a falar sobre um cessar-fogo e paz.

No entanto, no sábado, tanto Moscou quanto Kiev relataram que o lado ucraniano se recusou a negociar. Alexei Arestovich, assessor do Gabinete do Presidente da Ucrânia, explicou que as condições apresentadas por Moscou eram “arrogantes demais” para a Ucrânia.

Neste domingo, Zelensky declarou que Kiev quer a paz e está disposta a negociar com a Rússia, mas não vai fazê-lo na Bielorrússia. “Agora dizemos: Minsk não. Outras cidades podem ser uma plataforma para o encontro. […] Varsóvia, Bratislava, Budapeste, Istambul, Baku: propusemos tudo isso ao lado russo”, disse o presidente ucraniano. 

Fonte: Brasil 247