Os servidores que atuam no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) realizam uma reunião na noite desta segunda-feira (21) para discutir possível greve da categoria. A categoria reivindica reajuste de 19,99% nos salários, além de revogação da Emenda do Teto dos Gastos (EC 95).

De acordo com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) foi decidido que a categoria realizará paralisação a partir desta quarta-feira (23) por tempo indeterminado. Em Mato Grosso do Sul, o SintsPrev-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social) adiantou que a paralisação ainda não está confirmada e detalhes devem ser definidos em reunião nesta noite.

Até o momento, a confirmação é de indicativo de greve além de ato da categoria em todo o Estado. Conforme a CUT, a categoria reivindica reajuste salarial de 19,99%, revogação da Emenda do Teto dos Gastos (EC 95) e o arquivamento da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 32, da reforma Administrativa, encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Os trabalhadores reivindicam ainda a profissionalização da Carreira do Seguro Social, a rediscussão do Programa de Gestão, a criação do Auxílio Teletrabalho, o auxílio saúde e creche, vale-alimentação, a derrubada do veto de R$ 1 bilhão no orçamento do INSS, além da preservação de agências ameaçadas de fechamento e preservação do serviço público.

A expectativa da categoria, em âmbito nacional, é de que a paralisação siga até que o governo negocie com as entidades que representam os servidores públicos federais. Além do reajuste de 19,99%, da retirada da PEC 32 e da revogação da Emenda Constitucional do Teto dos Gastos, a categoria reivindica:

  • Recomposição salarial data-base;
  • Reajuste dos auxílios alimentação, creche e saúde;
  • Reestruturação da carreira típica de estado para o seguro social;
  • Nível superior para ingresso ao cargo de técnico do Seguro Social;
  • Rediscussão dos processos de trabalho;
  • Fim dos adicionais de meta para o teletrabalho;
  • Auxílio teletrabalho para o uso de internet, energia, mobiliário e equipamentos Jornada de 30 horas semanais para o atendimento de qualidade para a população;
  • Fim da terceirização do INSS;
  • Concurso público;
  • Derrubada do veto de R$ 1 bilhão do orçamento do INSS;
  • Não ao fechamento das Agências do INSS e;
  • Defesa do direito ao atendimento presencial ao cidadão nas unidades do órgão.