O deputado Barbosinha voltou a falar, na sessão desta quinta-feira (24) da Assembleia, sobre um assunto recorrente nas reuniões semanais da Casa de Lei: a crise na Saúde de Dourados. Ao relatar o drama e o sofrimento de pessoas dos municípios que compõem a macrorregião, enviados a Dourados para tratamentos especializados de Saúde, e que não encontram o devido amparo no Município, o deputado disse que “já que o Governo do Estado praticamente assumiu a administração do município, Dourados só pode agora esperar que este Governo também dê jeito para tirar a nossa Saúde do caos em que se encontra”.
Barbosinha relatou números dramáticos, apresentados pela própria Funsaud (a Fundação municipal dos Serviços de Saúde), que indicam um rombo superior a R$ 70 milhões com despesas para a manutenção do Hospital da Vida e na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e lamentou que “infelizmente, com a total incapacidade demonstrada pela nossa rede pública de saúde, nós somos demandados pelas pessoas com pedidos de socorro, e até de dinheiro, das pessoas que precisam do atendimento e tem que buscar a rede particular”.
O sistema de regulação de saúde acolhe os pedidos de encaminhamentos médicos, destina o paciente para os hospitais da cidade, incluindo o HU (Hospital Universitário), “mas quando chegam em Dourados, os pacientes encontram uma estrutura sucateada, sem equipamentos, máquinas quebradas, médicos e servidores com salários atrasados, enfim, uma estrutura falida que só com a ajuda do Governo do Estado nós vamos conseguir se recuperar”. Em aparte, o deputado Zé Teixeira criticou a Fundação de Saúde, segundo ele “um órgão criado pra fingir que toma conta da saúde e que acumula um déficit de mais de R$ 3 milhões todo mês”.
A informação de que o Estado vai anunciar, nos próximos dias, por meio da Secretária de Saúde, um significativo aporte de recursos para Dourados, foi saudada por Barbosinha. “Quando temos um sistema que só gera despesas, e não consegue produzir receita, é preciso fiscalizar a correta aplicação desse dinheiro, e, volto a dizer, rediscutir o coeficiente da MAC (Média e Alta Complexidade), porque não adianta colocar dinheiro novo em uma estrutura comprometida, se não forem feitos os ajustes necessários para garantir a eficiência no atendimento”.