Num dos pontos altos, ele imitou Jair Bolsonaro com suas flexões fake

(Foto: Reprodução)

247 – A crítica política também marcou presença no segundo dia de desfile de carnaval do grupo oficial do Rio de Janeiro. Na São Clemente, o humorista Marcelo Adnet, que compôs o samba enredo, imitou Jair Bolsnaro e reproduziu, inclusive, suas flexões fake. O também humorista Felipe Neto disse que ele deveria ser tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade. Confira reportagem da Sputinik e tweet de Felipe Neto:PUBLICIDADE

Com enredo satírico, a São Clemente desfilou nesta segunda-feira (24) com referências a fake news e o humorista Marcelo Adnet fazendo paródia do presidente Jair Bolsonaro, com direito a flexão e continência.

A escola de samba foi a primeira a entrar na Marquês de Sapucaí no segundo dia de desfile do grupo especial do Rio de Janeiro. 

Adnet, que é um dos autores do samba da agremiação, desfilou em um carro alegórico vestido como presidente da República, com peruca semelhante ao cabelo de Bolsonaro. 

Em alguns momentos, Adnet simulava uma arma com as mãos, gesto que Bolsonaro e seus apoiadores popularizaram durante a campanha de 2018. Em outros, batia continência, outro gesto usado pelo presidente, que é capitão reformado do Exército. 

Humorista fez flexões

O humorista também fez flexões. Em dezembro de 2018, já presidente eleito, Bolsonaro fez o exercício em visita ao Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, em Brasília. À época ele ainda estava com bolsa de colostomia que recebeu após a cirurgia a que foi submetido devido à facada que levou em Juiz de Fora. 

Em junho de 2019, Bolsonaro fez mais flexões. Dessa vez no Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro, em São Paulo, ao lado do governador de São Paulo, João Dória, que acompanhou o presidente nos exercícios. 

‘A culpa é do Di Caprio’

Além disso, o carro alegórico da São Clemente tinha frases como “Tá ok”, muito usada por Bolsonaro, e “A culpa é do Leonardo di Caprio“, referente à acusação feita pelo presidente de que o ator era responsável pelas queimadas na Amazônia. 

Desde 2011 sem cair para a Série A (grupo de acesso), a agremiação levou à Sapucaí o tema O Conto do Vigário, que brincou com fatos históricos do Brasil e casos de corrupção. 

A bateria da escola veio fantasiada de laranja, representando o verso “Tem laranja! Na minha mão, uma é três e três é dez!”, que pode ser interpretado com referência ao caso de supostas candidaturas laranjas do PSL, partido pelo qual Bolsonaro ganhou as eleições. 

‘Fake news’

questão das fake news também foi citada no samba da São Clemente, no verso  “Brasil, compartilhou, viralizou, nem viu! E o país inteiro assim sambou, caiu na fake news!”. 

Já o último carro da escola, chamado A Fábrica de Fake News, reproduziu uma máquina de propagar mentiras com integrantes de operários.

Fonte: Brasil 247