A escritora britânica J.K. Rowling se envolveu, mais uma vez, em uma relacionada à transfobia. Em uma publicação no , a autora de Harry Potter respondeu com “bem vindo de volta” uma postagem de um homem que foi banido da rede por publicar um tuíte dizendo que “preferia ter AIDS” a apoiar a comunidade trans. “Eu preferia AIDS. Não castrou garotos inocentes e eu sabia como combatê-la”, disse o usuário que recentemente teve sua conta restaurada.

A criadora do universo bruxo de Harry Potter já publicou alguns conteúdos em sua rede em que se coloca contra pessoas trans, sendo acusada de transfobia por usuários do Twitter em todas essas vezes. A primeira delas foi em 2020 quando criticou um título de uma matéria que usava “pessoas que menstruam”, numa tentativa de ser inclusiva para homens trans.

Na ocasião, Rowling disse que o termo “mulheres” seria suficiente e foi alertada de que seu comentário tinha sido transfóbico. A autora se justificou dizendo: “Conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a habilidade de muitos discutirem suas vidas de forma significativa. Não é ódio dizer a verdade”. Segundo Rowling, ela estava só defendendo suas convicções ao expor seu ponto de vista sobre o que significa ser mulher, já que é uma.

Também em 2020, ela foi criticada pelo fato de que em seu livro Troubled Blood, Dennis Creed, um assassino em série conhecido como o Açougueiro de Essex se vestia de mulher para enganar as vítimas. Na época, ela se defendeu dizendo que história era inspirada em dois assassinos famosos da vida real, Jerry Brudos e Russell Williams.

Além de ser acusada de transfobia, a autora também polemizou ao escrever um artigo no The Guardian criticando o boicote cultural que diversos artistas promoveram contra por causa das políticas implementadas pelo então primeiro-ministro do país Benjamin Netanyahu.

Recentemente o filme Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore, terceiro capítulo do spinoff de Harry Potter, teve a pior estreia para uma produção do universo bruxo criado por Rowling. O filme também está envolto em polêmicas, além das protagonizadas pela autora. A produção precisou mudar o ator que interpreta Grindelwald, um dos personagens centrais da trama, vivido por Johnny Depp no segundo filme. O ator precisou pedir demissão por causa da repercussão das acusações de violência doméstica que sofreu de sua ex-mulher Amber Heard. Depp foi substituído por Mads Mikkelsen.