Credito: Divulgação/Sejusp

Operação Vastum deflagrada na manhã desta quinta-feira (5/5) em Campo Grande vistoriou 57 locais, entre estabelecimentos comerciais de compra e venda de recicláveis e residências do Centro e das regiões do Segredo, Bandeira, Anhanduizinho, Imbirussu e Lagoa, resultando em apreensões de quase 900 quilos de fios e cabos de rede de cobre e alumínio.

Durante entrevista coletiva para divulgação de balanço da ação, o delegado Wellington de Oliveira, diretor do Departamento de Polícia da Capital, afirmou que a ação não é inédita, uma vez de acordo com ele, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar já vêm desenvolvendo uma série de ações focadas no combate e repressão os crimes contra o patrimônio, em especial os furtos de fios e hidrômetros.

“A gente já vem trabalhando para resolver essa questão, que é um problema bastante complexo, tanto que a Quinta Delegacia de Campo Grande recentemente apreendeu sete toneladas de fios”, lembra.

Segundo o delegado, a Operação Vastum deflagrada hoje tem caráter educativo, preventivo e repressivo. “Queremos mostrar para a população que não se deve comprar produtos de origem ilícita, ou seja, o comerciante ou intermediário que acaba comprando fios sem origem pode sim ser preso em flagrante delito, como aconteceu com algumas pessoas nessa operação de hoje”, explica.

Ao todo foram conduzidas para as delegacias de Campo Grande 12 pessoas flagradas com cobre sem origem, que acabaram autuadas e irão responder por receptação. E ainda, realizadas 3 prisões em flagrante e cumpridos 2 mandados de prisões. “A nossa intenção é primeiramente identificar quem é que recebe, ou seja, o intermediário que compra cobre desses autores de furtos e assim chegar nas grandes empresas que estão adquirindo esses produtos sem as devidas cautelas, para que sejam responsabilizados por isso”, garante o delegado Edilson dos Santos, diretor do Departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil.

Metal valorizado

Atualmente o quilo do cobre pode ser comprado por valores que variam entre R$ 35 e R$ 41, o que tem fomentado a prática de furtos, principalmente por parte de pessoas em situação de rua e usuários de drogas, de acordo com o coronel André Henrique Macedo, comandante do Comando de Policiamento Metropolitano da Polícia Militar.

“Embora esse tipo de crime inicia de uma forma simples, com pessoas vulneráveis socialmente, há também uma cadeia complexa, onde entram os primeiros receptadores e os empresários finais que compram esses metais. Com essa operação a ideia é minimizar esses problemas que a população vem enfrentando não só em Mato Grosso do Sul, mas em todo o Brasil, em razão justamente aos valores dos metais que aumentaram”, diz.

Operação Vastum

A operação contou com 167 policiais e 39 viaturas da PM e das delegacias de área subordinadas ao Departamento de Polícia da Capital (DPC) e ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil, bem como os Batalhões e Companhias Independentes da Polícia Militar de Campo Grande.

Participaram da operação a 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Delegacias da Polícia Civil, o 1º, 9º, 10º e 11º Batalhões da Polícia Militar, a 5ª e 6ª Companhias Independentes da PM e a Denar, Deops, Dedfaz, Decon e Decat – especializadas da Polícia Civil.

Fonte: Dourados News