O assassinato do promotor antidrogas do Paraguai, Marcelo Pecci, em uma ilha paradisíaca da Colômbia levou 13 minutos, a partir do momento em que dois pistoleiros alugaram um jet ski, foram ao local e depois devolveram o veículo. As informações são do comissário Nimio Cardoso, da Polícia Nacional.
O planejamento e a precisão dos criminosos fazem parte das investigações feitas pelas equipes colombianas e paraguaias, que acompanham o caso. Segundo o comissário, em pouco mais de 10 minutos, os assassinos alugaram o jet ski, colocaram no mar, cometeram o ataque, e voltaram para a costa para devolver o equipamento.
“Não quero ser irresponsável, mas não se pode deixar de dizer que o tempo entre alugar a moto, atravessar mar aberto, assassinar Marcelo e deixar o equipamento de volta é quase impossível, são 13 minutos”, disse o comissário ao ABC Color, ressaltando que o jet ski está sendo periciado.
Segundo Nímio, ainda há muitas arestas na investigação e os detalhes estão sendo minuciosamente analisados. Além disso, as hipóteses de que a ordem de execução teria partido de dentro do próprio Paraguai também estão sendo discutidas pelas equipes, que contam com o apoio de agentes especiais do Estados Unidos.
Nesta quarta-feira (11), com base em determinação judicial, foram feitas apreensões de aparelhos celulares encontrados em celas de criminosos que foram presos em operações coordenadas pelo promotor Marcelo Pecci. As vistorias foram realizadas em diversos presídios paraguaios.
Os investigadores envolvidos no caso também checam as listas de todos os voos que partiram de Assunção com destino à Colômbia e vice-versa, nos dias da viagem de lua de mel do casal e também após o crime. Alguns agentes, segundo a Polícia Nacional e as autoridades colombianas, também fazem pente fino nos aeroportos dos dois países.