Os deputados federais Alexis Fonteyne (Novo-SP) e Alê Silva (Republicanos-MG) concordaram, em debate realizado pela CNN nesta sexta-feira (8), que o adiamento da votação da PEC dos Benefícios pelo plenário da Câmara dos Deputados não deve colocar em risco sua aprovação.
Apesar disso, os parlamentares divergiram sobre a relevância da proposta — que foi aprovada pelo Senado e pela comissão especial da Câmara.
Na avaliação da deputada Alê Silva, “cabe, sim, ao governo federal, cabe ao Executivo, buscar medidas. Eu também sei que essas medidas não vão resolver o problema a fundo e nem vão resolver os problemas de todos. São medidas para contornar”.
Já para Alexis Fonteyne, o texto propõe “mais assistencialismo para uma população que vive só disso e que a gente ainda não tira eles dessa condição, ou seja, devia ser um problema de geração de emprego, de geração de riqueza, e não de distribuição pura e simplesmente”.
A votação da PEC na Câmara foi adiada por Arthur Lira (PP-AL) ontem (7) por receio de falta de quórum no plenário da Casa. A próxima sessão está marcada para terça-feira (12), às 13h55.
Segundo Fonteyne, um dos problemas que envolvem a PEC é o excesso de gastos diante da inflação alta no país. “Processo inflacionário corrói, principalmente, a renda do pobre”, afirmou.
Defendendo a proposta, o argumento de Silva é de que “nenhuma despesa nova está sendo criada sem fonte de custeio correspondente”.
Em relação aos apontamentos da oposição de que a proposta é eleitoreira, tendo em vista a proximidade das eleições no país, o deputado afirmou que é “muito pertinente, muito oportunista, essa medida em um ano eleitoral, na véspera das eleições”.
“Não é eleitoreira, está tendo uma coincidência de momentos”, argumentou a deputada.
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