O trio, Lucimara Rosa Nunes, A filha Jéssica Neves Antunes e o cunhado de Lucimara, Pedro Benhur viraram réus pelo assassinato da pecuarista, Andreia Aquino Flores, de 38 anos, morta asfixiada em seu condomínio de luxo, no Bairro Chácara Cachoeira, no dia 28 de julho, em Campo Grande.
O trio foi indiciado por latrocínio, e a denúncia foi assinada pela promotora Candy Marques Moreira. A denúncia foi recebida no dia 15 de agosto. Testemunhas devem ser ouvidas ainda.
O plano do falso roubo arquitetado por Lucimara tinha como alvo um pix de R$50 mil, que seria dividido entre o trio. Mas, quando Pedro ao chegar na casa viu a estrutura, passou a falar para a cunhada que queria o valor de R$ 80 mil e não mais os R$ 20 mil, que receberia da divisão dos R$ 50 mil. Quando entraram na casa, Andreia reagiu e acabou sendo espancada pelo autor que tampou sua boca e ela acabou morrendo asfixiada.
Achando que a pecuarista estava viva ainda, o trio a levou para a parte superior da casa, onde a amarraram e jogaram água nela na tentativa e acordá-la. Mas, Andreia já estava morta. Nisso, o trio foi embora para simular que os criminosos haviam feito as mulheres reféns.
Prisão e choro de cunhado envolvido em assassinato
Enquanto Andreia era asfixiada pelo cunhado de Lucimara no dia do crime, ela em uma tentativa de se defender mordeu a mão do acusado, deixando um ferimento. Quando preso, nessa segunda (1º), ele confessou o crime. O homem afirmou que, junto das funcionárias da pecuarista, tentava obter o valor de R$ 50 mil. O trio esperava que Andreia fizesse uma transferência via pix durante o roubo.
O autor também falou sobre os objetos roubados da casa, no dia do crime. Foram recuperados uma caixa de som e um notebook pertencentes à vítima. Ele planejava fugir para o Paraguai.
O rapaz foi detido no Centro de Recuperação da sitioca Ouro Fino. Assim que os policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) chegaram, ele teria começado a chorar. O rapaz seguiu ainda chorando até a delegacia e não falou sobre o crime, nem mesmo confessou.
Equipes da Derf se deslocaram de Campo Grande para Dourados para que o suspeito seja interrogado. Ele responde pelo latrocínio de Andreia e foi acusado pela cunhada de matar a vítima asfixiada. As duas autoras, mãe e filha, relataram que viram o acusado colocar um pano na boca da pecuarista e ainda a esganar.
Suspeitos queriam dar susto na vítima
Durante as investigações do assassinato pela Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), foi descoberto que o homem envolvido no crime havia sido procurado um dia antes pela cunhada, uma funcionária de Andreia. O encontro ocorreu por volta das 19 horas, na casa dele.
Segundo as investigações e os depoimentos, a conversa entre o homem e a funcionária de Andreia teria durado cerca de 30 minutos, no portão da residência. Logo após a conversa, ao entrar em casa, o acusado teria relatado à esposa que iria fazer uma ‘fita’. Ela ainda teria falado: “amanhã vou arrumar bastante dinheiro”.
A irmã da acusada presa contou que tentou desencorajar o companheiro de fazer o roubo, mas ele não recuou. Ela ainda afirmou aos policiais que a acusada pelo assassinato ainda teria falado que daria ao cunhado R$ 10 mil e que era para ela ficar com a metade. Nesse momento, a mulher disse que não participaria de nada.
No dia do crime, o homem saiu por volta das 9 horas dizendo: “vou ir lá”. Depois de 3 horas, por volta do meio-dia, a mulher recebeu um telefonema do companheiro dizendo: “a casa caiu. Eu acho que a Andreia morreu”.
O homem chegou até a casa da companheira carregando uma mala, que ela disse não saber o que havia dentro. Em seguida, o acusado no crime falou que formataria o celular e compraria outro chip. Já por volta das 15 horas do mesmo dia, a mulher recebeu mensagens do envolvido no crime dizendo que estava com medo. A mensagem enviada teria vindo de um celular com DDD de Mato Grosso.