O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, negou nesta quarta-feira 21 que suas críticas ao ex-presidente Lula (PT) ajude a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta resta final da eleição.

O pedetista criticou os pedidos da campanha petista pelo voto útil que têm como objetivo encerrar o pleito no dia 2 de outubro, data do primeiro turno.

“Há um fascismo de esquerda no Brasil liderado pelo PT”, afirmou Ciro durante sabatina promovida pelo Estadão em São Paulo. “Eles estão querendo simplificar de uma forma absolutamente dramática o debate e querem simplesmente aniquilar alternativas. Isso é uma tragédia para o Brasil”.

O pedetista ainda acusou o partido de Lula de financiar um “gabinete do ódio” que produz fake news sobre o uso do seu discurso contra o ex-presidente pelos bolsonaristas.

“Nunca fiz nenhum elogio a Bolsonaro. Eu fui às ruas pelo impeachment. Eu assinei três pedidos de impeachment contra Bolsonaro. Eu fui à corte de Haia representar contra o caráter genocida do Bolsonaro”, acrescentou o presidenciável. “Sabe quem deu o voto decisivo para manter o orçamento secreto? O PT. O Lula salvou o Bolsonaro e só se explica a sobrevida do Bolsonaro porque o Lula o salvou. O Lula mandou a tropa de choque dele me agredir fisicamente aqui na Avenida Paulista (em um ato pelo impeachment).”

Ciro disse ainda que o eleitor do Lula hoje só o escolhe por conta da alta rejeição a Bolsonaro.

“A razão não é o Lula, nem a proposta do Lula nem o dia seguinte. É o voto Caetano Veloso, boas pessoas, mas que todos estão com a vida ganha”, declarou. “Quem está preocupado com o dia seguinte é quem não tem plano de saúde, é quem não tem como pagar mensalidade escolar, é quem está submetido ao terrorismo das facções criminosas nas periferias”.