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Na manhã do último domingo, 16 de outubro, no final do Angelus dominical, o Santo Padre anunciou que a próxima XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos terá lugar em duas sessões, com um ano de intervalo: a primeira de 4 a 29 de outubro de 2023, a segunda em outubro de 2024. O Papa Francisco invocou a Constituição Apostólica Episcopalis Communio, que contempla esta possibilidade em seu terceiro artigo.

Esta decisão decorre do desejo de que o tema da Igreja Sinodal, devido à sua amplitude e importância, possa ser objeto de um discernimento prolongado não só pelos membros da Assembleia Sinodal, mas por toda a Igreja. Além disso, esta escolha está em continuidade com o atual percurso sinodal, ao qual o próprio Papa referiu-se. O Sínodo não é um acontecimento, mas um processo, no qual todo o Povo de Deus é chamado a caminhar juntos em direção àquilo que o Espírito Santo o ajuda a discernir como sendo a vontade do Senhor para a sua Igreja.

Assim, a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos assumirá também uma dimensão processual, configurando-se como “um caminho no caminho”, a fim de promover uma reflexão mais amadurecida para o maior bem da Igreja.

Papa Francisco anunciou que a XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos se realizará em duas etapas
Dom Miguel Cabrejos, presidente do Celam. | Foto: Ascom Celam.

De acordo com o arcebispo de Trujillo e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), dom Miguel Cabrejos o anúncio do Santo Padre envia uma mensagem muito positiva para o processo sinodal que começou em outubro de 2021 e que agora se encaminha para a fase continental.

Para o presidente do Celam, é sem dúvida uma decisão ousada na medida em que enfatiza a necessidade de priorizar o processo, mais do que o evento sinodal, com um apelo a um amplo discernimento, envolvendo toda a Igreja e não apenas a Assembleia Sinodal”.

“Esta decisão favorecerá o amadurecimento do caminho em que estamos, como disse o Santo Padre, e nos ajudará a desenvolver em profundidade o chamado à comunhão, participação e missão, rumo a uma Igreja cada vez mais sinodal”, enfatiza o arcebispo de Trujillo.

Novos detalhes serão informados

Desde o início, a Secretaria Geral do Sínodo escolheu o caminho da escuta e do discernimento, mesmo na fase de planeamento e implementação do processo sinodal. Nas próximas semanas, continua o discernimento a fim de melhor definir a celebração das duas sessões da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos e o tempo que medeia entre elas. A seu tempo, os detalhes serão comunicados.

Este processo de escuta foi iniciado em 2021 pelas Igrejas locais, ou seja, pelo Povo de Deus reunido em torno dos seus Pastores; convocou as Conferências Episcopais e os Sínodos das Igrejas Católicas Orientais. 112 das 114 Conferências Episcopais, todas as Igrejas Católicas Orientais, realizaram um discernimento a partir do que emergiu das Igrejas particulares.

Agora, continua com uma Etapa Continental que culminará com a celebração das Assembleias Sinodais Continentais, entre janeiro e março de 2023, convocadas para rever a viagem feita, para continuar a escuta, o discernimento a partir do Documento da Etapa Continental e de acordo com as especificidades socioculturais das suas respetivas regiões, com o objetivo de dar um último passo neste caminho espiritual.

Com informações do VaticanNews