O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), relatou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou o verbo “acabar” no passado durante reunião com integrantes da Corte, numa sinalização de reconhecimento da derrota nas eleições.
O presidente se dirigiu à sede do tribunal logo após pronunciamento em que afirmou que respeitará a Constituição, em sua primeira manifestação pública após o resultado das urnas, no domingo.
— O presidente da República utilizou o verbo acabar no passado, ele disse acabou. Portanto, olhar para a frente — disse Fachin ao deixar o encontro.
Fachin foi questionado pela imprensa se Bolsonaro contestaria o resultado das eleições, e se esse foi um dos temas da conversa.
De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que também participou da reunião na Corte, o encontro ocorreu de forma tranquila e se tratou de uma “cortesia” do presidente.
Participaram da reunião sete dos integrantes do Supremo:
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Edson Fachin
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a presidente Rosa Weber
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Alexandre de Moraes
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Luiz Fux
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Gilmar Mendes
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Kássio Nunes Marques; e
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André Mendonça.
Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski não estão em Brasília. Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia, por sua vez, foram embora e não ficaram para a reunião com Bolsonaro.
Em nota divulgada após a reunião com Bolsonaro, a presidência do STF afirmou que na conversa os Ministros do STF “reiteraram o teor da nota oficial divulgada, que consignou a importância do reconhecimento pelo Presidente da República do resultado final das eleições, com a determinação do início do processo de transição, bem como enfatizou a garantia do direito de ir e vir, em razão dos bloqueios nas rodovias brasileiras”.
“Tratou-se de uma visita institucional, em ambiente cordial e respeitoso, em que foi destacada por todos a importância da paz e da harmonia para o bem do Brasil”, diz o texto.