A bancada do PP no Senado decidiu nesta quarta-feira 30 votar a favor da PEC da Transição, que começou a tramitar na Casa. No entanto, de acordo com nota do presidente do partido e ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, os parlamentares da legenda só aprovam a vigência do texto por um ano.
A proposta apresentada pela equipe do presidente eleito Lula (PT) prevê um montante de 175 bilhões de reais fora do teto de gastos a fim de bancar o novo Bolsa Família por quatro anos. O texto também mantém a previsão de até 23 bilhões de reais extrateto em investimentos, totalizando 198 bilhões de reais no pacote.
“A bancada do partido decidiu, por unanimidade, manifestar-se nos seguintes termos: 1- Pela aprovação da PEC da Transição que concede o valor de R$ 200 a mais para que se atinja benefício social de R$ 600; 2- Pela discussão acerca de R$ 150 por criança, destinados às mães com filhos até 6 anos de idade; 3- Pela aprovação do aumento real do salário mínimo, e 4- Pela vigência de 1 ano dos efeitos da PEC”, divulgou Nogueira ao site Poder360.
Na terça-feira 29, em conversa com jornalistas, o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, afirmou que há consenso na bancada em torno dos 600 reais para o novo Bolsa Família, com uma licença também de um ano.
“Mais que isso, temos que reunir a bancada para discutir”, declarou o deputado do partido do presidente derrotado Jair Bolsonaro.
O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL), reclamou nas redes sociais durante a semana que não participou da construção do texto.
Busquei construir. C/sempre foi o Senado. Reunião marcada c/ PT amanhã p/ao menos alinhar a nossa convergência:um auxilio brasil de 600$ e mais. Havia boa vontade.
Mas registro estamos fora da mesa de negociação. Como o prato já vem feito…Boa indigestão!https://t.co/Uj9ukbECan— Carlos Portinho (@carlosfportinho) November 28, 2022