Afastamento de 30 dias venceria hoje, mas polícia fez novo pedido após analisar documentos apreendidos em dezembro
Sete
vereadores de Maracaju vão continuar afastados dos mandatos por pelo menos mais
15 dias. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (5) pelo juiz plantonista
Juliano Luiz Pereira.
Eles
são investigados pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime
Organizado) por corrupção no âmbito da Operação Dark Money, acusados de receber
mensalinho na gestão do prefeito Maurilio Azambuja (MDB) para não investigar
atos da prefeitura e para aprovar projetos de interesse do Executivo.
Com
a decisão, o atual presidente da Câmara Robert Ziemann (PSDB), Laudo Sorrilha
Brunett (PSDB), Ludimar Portela, “Nego do Povo” (MDB), Joaozinho Rocha (MDB), Hélio
Albarello (MDB), Antonio João Marçal de Souza, o “Nenê da Vista Alegre” (MDB),
e Jefferson Lopes (União Brasil) não poderão reassumir os cargos amanhã (6).
Os
sete e o vereador Ilson Portela, (União Brasil), o “Catito”, foram afastados
por 30 dias em 7 de dezembro do ano passado. Entretanto, Portela reassumiu o
mandato na manhã de terça-feira (3), beneficiado por habeas corpus concedido
pelo desembargador Sidenei Soncini Pimentel, do Tribunal de Justiça de Mato
Grosso do Sul.
A
reportagem apurou que após analisar documentos e outras provas coletadas
durante as buscas do dia 7 de dezembro, o Dracco pediu novo afastamento dos
vereadores, dessa vez por 180 dias (seis meses).
Plantonista
em Maracaju, Juliano Luiz Pereira entendeu não ser assunto para análise durante
plantão judiciário e preferiu deixar a decisão para o juiz titular, que está em
recesso.
No
entanto, para impedir o retorno imediato dos vereadores, o magistrado prorrogou
o afastamento por mais 15 dias. A única exceção foi Ilson Portela, devido ao
habeas corpus do TJMS.
Novas provas
O
Campo Grande News apurou que assim que o juiz titular retornar ao trabalho, a
Justiça deverá analisar o novo pedido de afastamento por seis meses, inclusive
em relação a Ilson Portela, o “Catito”. Novas provas do esquema anexadas ao
processo podem levar o Poder Judiciário a rever o retorno dele à Câmara.
A
decisão de hoje vale também para o suplente de vereador Vergílio da Banca
(MDB), que deveria ter assumido após os afastamentos de dezembro. Entretanto,
ele também é um dos investigados e ficou impedido de assumir a vaga, atualmente
com a segunda suplente, Gracinha Pernambucana.
Adriano da Silva Rodrigues, o “Professor Dada”, e Toton Pradence,
que exerciam mandato até 2020, também são alvos da operação acusados de receber
mensalinho com dinheiro desviado do cofre público através de uma conta fantasma
da prefeitura.
Crédito: Campo Grande News