A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, classificou a situação dos yanomami como uma ‘atrocidade inominável’ que foi ‘induzida pelo governo Bolsonaro para eliminar essa população’.
“Tem coisas que não podem ser reparadas. Como reparar uma vida? Como reparar crianças desnutridas? Como reparar crianças que foram estupradas e estão grávidas?”, ponderou a ministra ao reforçar que a prioridade do governo é retirar do território os garimpeiros ilegais e reparar as populações e áreas afetadas, quando possível.
A titular da pasta não deu detalhes da atuação da força-tarefa que atua no território indígena desde que o Ministério da Saúde decretou emergência em saúde pública, mas afirmou que há esforços nesse sentido. As declarações foram dadas nesta segunda-feira 6 antes da da posse do novo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, no Rio de Janeiro.
“Todas as providências estão sendo tomadas”, limitou-se a dizer. E destacou que há tecnologias para reparar as áreas afetadas pelo garimpo. “É um processo complexo e difícil, mas os esforços serão feitos.”
“Ao longo desses quatro anos, [a área] foi completamente abandonada. Foi um processo induzido pelo governo Bolsonaro para eliminar essa população”, acrescentou.