Imagens recebidas pelo Jornal Midiamax, nesta terça-feira (7), mostram o momento do confronto entre os indígenas e a polícia militar durante a desocupação da área disputada em Rio Brilhante, a 161 quilômetros de Campo Grande.

Pelas imagens é possível ver quando os militares chegam a área ocupada e os indígenas estão com arcos e flechas. Os policiais estão com escudos e disparam balas de borracha contra um grupo. 

Muitos correm e é possível ver quando um dos indígenas é imobilizado por um dos policiais, sendo derrubado ao chão. A sede da fazenda Inho foi alvo de retomada pela etnia Guarani Kaiowá, na madrugada da última sexta-feira (3), que considera o espaço como território ancestral Laranjeira Nhanderu.

 

Três dias indígenas foram presos e depois liberados. A área também foi alvo de disputas por um grupo de acampados do movimento sem-terra, informou nota do Governo de , no domingo (5).

Em nota, o Governo afirmou que acompanha com atenção as demandas prioritárias e específicas das comunidades indígenas. 

Além dos indígenas que disputam a propriedade, a Sejusp ( Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) apurou que “a área da Inho é alvo da disputa de um grupo de acampados de movimentos sem terra, que pressionam para criação de um assentamento no local”.

 

“Com risco iminente de conflito entre os envolvidos, a Polícia Militar agiu para garantir a ordem e salvaguardar vidas. Durante a ação, três pessoas foram conduzidas até a DP da cidade, mas já foram liberadas. O governo estadual reitera disposição no cumprimento da lei, e espera celeridade na resolução das questões que cabem à União, especialmente porque a área em disputa já dispõe de laudos antropológicos”, afirmou o governo de Mato Grosso do Sul em nota. 

Outras áreas em disputa em MS

Em 18 de fevereiro deste ano, a Fazenda Fernanda, em Japorã, a 476 quilômetros de Campo Grande, foi ocupada por membros da FNL (Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade). A ocupação entrou na lista de propriedades do “Carnaval Vermelho”, organizado pelo movimento de trabalhadores rurais que buscam a reforma agrária.  Porém, houve conflito com fazendeiros e no dia 20 de fevereiro os acampamentos foram desmontados. 

“O movimento reivindica terra, trabalho, moradia e educação, através da ocupação de terras que já foram reconhecidas como públicas pela Justiça, porém ainda permanecem abandonadas sem cumprir seu uso social”, destacou a nota da FNL sobre o movimento.