Com apoio do Batalhão de Choque, vindo de Campo Grande, militares fizeram a detenção e encaminhamento de 10 pessoas para delegacia
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A Polícia Militar retirou
na manhã deste sábado (8) o grupo de índios que desde sexta-feira (7) ocupava
área vizinha da Reserva Indígena de Dourados pertencente à empresa Corpal
Incorporadora, que iniciou obras para construção de um condomínio fechado.
Com apoio do Batalhão de
Choque, vindo de Campo Grande, os militares fizeram a detenção e encaminhamento
de 10 pessoas para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da
Polícia Civil.
Não houve mandado de
reintegração de posse e a ação policial ocorreu depois que o proprietário da
área ocupada registrou boletim de ocorrência por lesão corporal contra a pessoa
que cuidava do local e esbulho.
Com as 10 pessoas levadas
para delegacia, a PM informou ter encontrado rojões, armas caseiras, faca, facão
e colete. Entre os detidos está Magno de Souza, indígena residente na Reserva
de Dourados que foi candidato a governador de Mato Groso do Sul pelo PCO nas eleições
de 2022.
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Durante a ocupação, ele
afirmou que os indígenas reivindicam estudos na área porque acreditam que as
terras sejam parte da reserva de Dourados.
O grupo alegou que
terreno já estava ocupado por eles, mas devido a uma divergência interna deixou
o local há alguns meses. No início deste ano, a empresa iniciou as obras,
primeiro pela construção do muro que vai isolar o condomínio.
Ainda segundo os
guarani-kaiowá, nos últimos dias, as obras foram intensificadas e eles
decidiram acampar na área, para impedir a construção.
No dia 14 de março deste
ano, o procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, após ser
procurado pela comunidade indígena, enviou ofício à Corpal cobrando informações
sobre o empreendimento. Magno de Souza afirma que a empresa teria ignorado a
notificação e iniciado as obras mesmo sem decisão da Justiça sobre a área. A
empresa ainda não se manifestou.
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