De acordo com fontes responsáveis por acompanhar o processo, o executivo vinha tentando culpar Sérgio Real, ex-CEO do grupo, pela crise financeira na empresa
Um relatório preliminar das Lojas Americanas mostrou falta de consistência nas alegações do ex-presidente da companhia Miguel Gutierrez sobre fraudes contábeis na empresa. De acordo com fontes responsáveis por acompanhar o processo, o executivo vinha tentando culpar Sérgio Rial, ex-CEO do grupo, pela crise financeira. A informação foi publicada nesta terça-feira (13) pela coluna Capital, no jornal O Globo.
Entre as acusações contra Rial na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está a maneira como o caso foi exposto. Segundo investidores, um documento chamou a atenção pela imprecisão, porque a dívida de R$ 20 bilhões informada inicialmente em janeiro deste ano era próxima dos R$ 21,7 bilhões encontrados seis meses depois pelos assessores jurídicos da Americanas (em números preliminares e ainda não auditados).
Críticos ao processo da CVM afirmaram que as revelações de Rial tinham consistência por conta da proximidade dos dois valores. Ele virou réu após decisão da comissão, mas parte do mercado entendeu que o órgão puniu justamente o executivo responsável por dar mais informação sobre o escândalo.
Atualmente, o débito total da Americanas já é superior a R$ 50 bilhões, segundo o relatório divulgado em maio pelos seus administradores judiciais.