As ações contaram com a presença de diversas organizações que se solidarizaram com a causa da paz e subscreveram o apelo do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC)
Sob o lema “Parar a guerra! Dar uma oportunidade à paz”, milhares de pessoassaíram às ruas de cinco cidades do país: Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e Funchal. Segundo o apelo, as ações buscam ampliar“as vozes que se unem em torno da defesa de políticas de paz, soberania, solidariedade, cooperação e amizade entre todos os povos”, informa o jornalAvante!.
As palavras de ordem e os discursos proferidos exigiam a paz na Ucrânia, na Síria, no Sudão, no Iêmen, na Palestina e em todos os lugares onde os povos sofrem com a guerra. As ações contaram com a presença de diversas organizações que se solidarizaram com a causa e subscreveram o apelo do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC).
Ilda Figueiredo, presidente do CPPC, reafirmou em discurso proferido em Lisboa as reivindicações: “uma solução política negociada, no respeito pela democracia, pelas liberdades, pelo direito dos povos a decidirem do seu futuro, de forma a garantir a paz na Ucrânia e na Europa.” O que os povos precisam neste momento, acrescentou, “não é uma escalada que pode ter consequências ainda mais terríveis para os povos ucraniano e russo e para todos os povos do mundo.”
Também a secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), Isabel Camarinha, afirmou que a paz é “condição essencial para o desenvolvimento e o progresso económico, social e cultural da Humanidade e para uma mais justa distribuição da riqueza.” A guerra e as sanções, sendo contra os interesses dos trabalhadores e dos povos, «servem os interesses do imperialismo» e «propiciam a especulação».
Os manifestantes denunciam também que a presença de Portugal na Otan viola os princípios da Constituição da República Portuguesa, a qual afirma no seu artigo 7º que Portugal preconiza a abolição do imperialismo e do colonialismo, assim como a dissolução dos blocos político-militares, da qual a Otan é exemplo. Nas ações realizadas foi defendido com veemência o fim do envio de armas para a Ucrânia e da escalada armamentista.
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