O governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria Estadual de Educação (SED), vai continuar com o modelo de ensino militar nas escolas onde o programa regional já é aplicado. O sinal de permanência vem após a decisão do Governo Federal de encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim).

A decisão, conjunta do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Defesa, dá fim ao que era uma das prioridades do governo na gestão Bolsonaro. Ao todo, são 8 instituições de ensino focadas neste tipo de ensino em MS, que ficam nos seguintes municípios: Campo Grande; Corumbá; Jardim; Porto Murtinho; Costa Rica; Maracaju; e Anastácio.

A Secretaria Estadual de Educação (SED) possui a gerência de quatro escolas no modelo cívico-militar, duas em Campo Grande, uma em Anastácio e outra em Maracaju. Entretanto, o programa de ensino é estadual e possuía pouca interferência de recursos financeiros do Governo Federal.

Segundo a SED, as escolas geridas pela secretaria são administradas pelas forças ligadas ao próprio estado: o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar.

Conforme informado pelo pasta, as escolas continuaram no modelo estadual que foi tirado do papel antes do início do governo Bolsonaro, que levantou a bandeira das escolas cívico-militares. A SED também comentou que não tem a pretensão de expandir o formato para outras instituições.

As secretarias municipais de Educação de Costa Rica, Jardim e Corumbá aguardam reuniões para definir quais serão os impactos após o fim do Pecim. Os representantes das pastas não souberam informaram se vão continuar no modelo cívico-militar ou se retornarão ao formato convencional.

O encerramento do programa
A decisão do Governo Federal foi informada aos secretários de Educação de todo o Brasil por meio de um ofício. De acordo com o documento, haverá desmobilização do pessoal das Forças Armadas dos colégios, para adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade.